Sábado, Maio 4, 2024
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Moçambique defende transição gradual para energias limpas

Moçambique defende uma transição energética para energias mais limpas e amigas do ambiente que seja gradual e faseada de modo a minimizar o impacto no processo de desenvolvimento económico.

Este posicionamento foi revelado pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que falava esta terça-feira, 02 de Novembro, em Glasgow, Reino Unido, na Cimeira de Líderes da 26ª Sessão da Conferência dos Estados Parte da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

O Primeiro-Ministro participa neste evento mundial em representação do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi.

Segundo Carlos Agostinho do Rosário, neste momento, constitui prioridade, a implementação de um programa de transição energética assente numa matriz diversificada, com fontes mais limpas e amigas do ambiente, que estão em consonância com os programas de desenvolvimento do país. É neste contexto que se propõe a utilização do gás natural como energia de transição para fontes mais limpas.

“Moçambique está determinado a continuar a envidar esforços para atingir, até o ano 2030, os níveis de 62% da contribuição de energias renováveis na matriz energética nacional no âmbito do alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”.

O representante do estadista moçambicano na COP26 referiu que o país tem estado a apostar nas oportunidades do mercado voluntário de carbono para promover a gestão sustentável das florestas, por isso, apoia a Declaração sobre Florestas e Uso da Terra.

“Contudo, reconhecemos que o alcance destes níveis é um grande desafio porque pressupõe fontes de financiamento e tecnologias adequadas devidamente asseguradas para facilitar a massificação do uso de energias limpas” esclareceu o dirigente.

Tendo em conta este cenário, o governante lançou um convite para que todos se juntem aos esforços de Moçambique na mobilização de recursos e tecnologias necessários para a implementação de um programa de transição energética que inclui fontes mais limpas e amigas do ambiente sem, contudo, comprometer o processo de desenvolvimento sócio-económico.

O apelo à mobilização de recursos, suavização dos critérios de acesso aos mesmos e transferência de tecnologia foi igualmente feito em relação às acções estruturantes para fazer face aos impactos das mudanças climatéricas, porque o país, sozinho, tal como os outros países em desenvolvimento, não conseguirá ter recursos necessários para financiar estas acções.

Dada a frequência e intensidade com que os eventos climatéricos extremos se registam no país, o Governo adoptou uma abordagem centrada na prevenção, adaptação, mitigação, através do reassentamento da população, construção de infra-estruturas resilientes e gestão de recursos hídricos conforme está previsto na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).

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