Wednesday, December 3, 2025
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País reduz necessidade de financiamento externo no 1º trimestre

De acordo com o Banco Central, a queda do défice registada na CC reflecte, fundamentalmente, a contracção do saldo negativo da conta de bens em 91,6 por cento, justificada pela redução das importações realizadas pelos grandes projectos (GP), em 4 459,3 milhões de dólares.

A queda está associada à diminuição dos défices das contas de serviços e de rendimentos primários, em 58,8 por cento e 7,4%, respectivamente. O regulador do sistema financeiro nacional aponta ainda para o incremento do saldo superavitário (excesso de despesas) das transferências correntes líquidas em 9,6 por cento.

Os dados do primeiro trimestre de 2023 apontam para a redução do Investimneto Directo Estrangeiro (IDE) em torno de 460,1 milhões de dólares, correspondentes a um decréscimo em 66,8 por cento em relação ao igual período de 2022.

A redução do IDE por parte dos GP e das empresas da economia tradicional, em 67,8% e 54,3%, respectivamente, estão entre as causas dessa revisão em baixa.

Situação do IDE a nível sectorial

Em termos de distribuição sectorial do Investimento Directo Estrangeiro, a indústria extractiva manteve a sua posição de maior receptor de fluxos de investimento, ao encaixar um total de USD 421,2 milhões de dólares, cerca de 91,6% do total do IDE.

Destaque vai para os recursos destinados ao financiamento das operações de exploração de gás em 298,3 milhões de dólares (70,8% do IDE do sector) e o remanescente foi distribuído entre as áreas de exploração de carvão mineral, areias pesadas e outras.

Em relação aos principais parceiros do IDE, destaque vai para os investimentos realizados pela África do Sul, Maurícias, Países Baixos e Emirados Árabes Unidos, com um peso de 39,1 por cento, 34,3%, 17,2% e 8,9 por cento no total de IDE, respectivamente.

Ademais, neste período, a posição devedora líquida de Moçambique, em relação ao resto do mundo, aponta para um agravamento de 0,2%, ao registar o montante de 69.068,3 milhões de dólares.

O agravamento verificado deveu-se, essencialmente, ao incremento da contratação de passivos externos em 0,4 por cento, para 84 233,7 milhões de dólares, perante um aumento da posição dos activos externos em 1,3 por cento.

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