O Bloco europeu, segundo Simoni Santi, Presidente da Associação dos Empresários Europeus em Moçambique (EuroCam), entende que é interesse dos investidores da Europa entrarem na agenda de transição energética nacional nos moldes em que o país deseja trilhar.
Para a fonte, a transição justa tem muito a ver com a necessidade de acomodar as condições do país, para que todo o interveniente, entre os investidores, o Governo, Pequenas e Médias Empresas e a população saiam a beneficiar-se em pé de igualdade.
Sobre o turismo, Santi afirmou que este é um sector fértil em Moçambique e o encontro que vai juntar as duas partes em Novembro vai servir para identificar as principais “zonas de penumbra”, nas quais a intervenção do empresariado europeu será crucial.
No tocante ao agroprocessamento e exportações, o interlocutor apontou que o país tem um enorme potencial de produção agrícola, capaz de alimentar o mercado doméstico e europeu. Para isso, é preciso reforçar a cadeia de valor, no sentido de tornar o sector mais impactante.
“Tomando em consideração que estarão presentes, no evento, entidades financiadoras e reguladoras do comércio doméstico e internacional, acreditamos que será um ambiente favorável para estimular a entrada de produtos nacionais na União Europeia”, afirmou Simoni Santi.
Ao fim do Fórum de Negócios Moçambique-Europa, no dia 23 de Novembro, haverá uma gala de premiação dos empresários europeus com melhor desempenho em negócios em solo moçambicano.
O encontro empresarial vai decorrer no âmbito do Fórum de Investimento Global Gateway Moçambique-União Europeia, que visa promover Moçambique como destino de investimento e Focar-se-á na promoção de investimentos digitais, energia e o transporte.
Igualmente, o “Global Gateway” tem o potencial de reforçar os acordos comerciais entre a União Europeia e Moçambique, nomeadamente o Acordo de Parceria Económica UE-SADC e o Sistema Generalizado de Preferências “Tudo Menos Armas”.
Está prevista a participação de mais de 300 convidados, entre empresários europeus e moçambicanos, diplomatas, membros do Governo de Moçambique, académicos e não só.