Nas demonstrações financeiras relativas ao período de 1 de julho de 2022 a 30 de junho de 2023, a que a Lusa teve acesso, a administração da CMH reconhece um “aumento substancial” dos lucros, provocado pelo “aumento do preço do petróleo” e por uma “gestão criteriosa e orientada para os resultados”.
Por outro lado, o Presidente do Conselho de Administraçãoda firma, Arsénio Mabote, justifica o crescimento dos lucros, tendo em conta os 37,2 milhões de dólares no exercício de 2021-2022, com o “ligeiro aumento da produção” no país com os novos poços de gás em Pande28, Pande29, Pande30 e Pande31, bem como os custos de operação “inferiores aos pressupostos orçamentais”.
“No entanto, ainda temos desafios no que respeita à disponibilidade de reservas provadas para garantir o fornecimento de gás no âmbito dos contratos assinados. Durante este exercício investimos em alguns furos adicionais em Pande, que entraram em funcionamento em Dezembro de 2022, e continuamos a investir noutros furos adicionais nos campos de Pande e Temame”, disse Mabote.
Constituída em Outubro de 2000, a CMH detém de uma participação de 25 por cento no contrato de Produção de Petróleo (CPP) dos campos de gás de Pande e Temane, na província de Inhambane, sul de Moçambique.