Sexta-feira, Fevereiro 21, 2025
spot_img

FMI aponta resiliência económica de Moçambique e faz previsões positivas do GNL

O crescimento económico global de Moçambique permanece resiliente e está projectado em 6 por cento em 2023. As perspectivas para o sector extractivo são “fortes”, uma vez que se espera que os grandes projectos de Gás Natural Liquefeito (GNL) retomem as actividades, face a melhorias de condições de segurança na província do Cabo Delgado.

As conclusões são do Fundo Monetário Internacional (FMI), que manteve encontros de alto nível com o Governo moçambicano de 18 a 31 de Outubro passado.

“A equipa do FMI manteve discussões construtivas e frutíferas com as autoridades moçambicanas sobre as políticas económicas e financeiras necessárias para apoiar a conclusão da Terceira Revisão do Programa ao Abrigo do Acordo (ECF)”, anunciou Pablo Murphy, chefe da equipa do FMI.

Durante as reuniões, a instituição financeira internacional anotou que as autoridades moçambicans implementaram “uma forte correção para ajudar a colocar a política orçamental de volta no bom caminho, para lidar com o défice orçamental em 2022.

“A consolidação orçamental deverá continuar em 2024, em conformidade com a proposta de orçamento enviada ao Parlamento. A manutenção da disciplina orçamental em 2024 continua a ser fundamental num contexto de condições de financiamento internas e externas restritivas”, argumentou Murphy.

Ainda no âmbito da estabilização dos indicadores do crescimento económico, o FMI considera que o Governo registou progressos nas reformas estruturais previstas no programa orçamental.

“Foi adoptado um diploma ministerial para a tributação da produção de minerais e está em vigor um novo sistema de tributação electrónica, para a cobrança de todos os impostos. O corpo técnico do Fundo incentiva o avanço das reformas para reforçar a governação e reduzir as vulnerabilidades à corrupção”, afirmou.

A equipa do Fundo Monetário Internacional reuniu-se com o Primeiro-ministro Adriano Maleiane, o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela e outros altos funcionários, naquela foi a Terceira Revisão ao Abrigo do Mecanismo de Crédito Alargado (ECF).

A missão também reuniu-se com representantes da sociedade civil, partidos políticos, parceiros de desenvolvimento e o sector privado.

Noticias Relacionadas

Escassez de divisas afecta facturas avaliadas em 373 milhões de USD

O sector empresarial privado continua a queixar-se de falta...

Sector privado com ligeira recuperação em Janeiro

Contracções mensais consecutivas na produção, nas novas encomendas e...

Moçambique espera arrecadar 10,6 milhões com leilão dos barcos da Ematum

O Governo espera arrecadar 10,6 milhões de dólares com...

Tribunal Administrativo analisa a implementação do tribunal de contas

O Tribunal Administrativo (TA) está na fase final de...