Quarta-feira, Maio 15, 2024
spot_img

FMI aponta resiliência económica de Moçambique e faz previsões positivas do GNL

O crescimento económico global de Moçambique permanece resiliente e está projectado em 6 por cento em 2023. As perspectivas para o sector extractivo são “fortes”, uma vez que se espera que os grandes projectos de Gás Natural Liquefeito (GNL) retomem as actividades, face a melhorias de condições de segurança na província do Cabo Delgado.

As conclusões são do Fundo Monetário Internacional (FMI), que manteve encontros de alto nível com o Governo moçambicano de 18 a 31 de Outubro passado.

“A equipa do FMI manteve discussões construtivas e frutíferas com as autoridades moçambicanas sobre as políticas económicas e financeiras necessárias para apoiar a conclusão da Terceira Revisão do Programa ao Abrigo do Acordo (ECF)”, anunciou Pablo Murphy, chefe da equipa do FMI.

Durante as reuniões, a instituição financeira internacional anotou que as autoridades moçambicans implementaram “uma forte correção para ajudar a colocar a política orçamental de volta no bom caminho, para lidar com o défice orçamental em 2022.

“A consolidação orçamental deverá continuar em 2024, em conformidade com a proposta de orçamento enviada ao Parlamento. A manutenção da disciplina orçamental em 2024 continua a ser fundamental num contexto de condições de financiamento internas e externas restritivas”, argumentou Murphy.

Ainda no âmbito da estabilização dos indicadores do crescimento económico, o FMI considera que o Governo registou progressos nas reformas estruturais previstas no programa orçamental.

“Foi adoptado um diploma ministerial para a tributação da produção de minerais e está em vigor um novo sistema de tributação electrónica, para a cobrança de todos os impostos. O corpo técnico do Fundo incentiva o avanço das reformas para reforçar a governação e reduzir as vulnerabilidades à corrupção”, afirmou.

A equipa do Fundo Monetário Internacional reuniu-se com o Primeiro-ministro Adriano Maleiane, o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela e outros altos funcionários, naquela foi a Terceira Revisão ao Abrigo do Mecanismo de Crédito Alargado (ECF).

A missão também reuniu-se com representantes da sociedade civil, partidos políticos, parceiros de desenvolvimento e o sector privado.

Entrevistas Relacionadas

Receitas do Estado alcançaram 73 mil milhões de meticais no primeiro trimestre

As receitas correntes do Estado atingiram um aumento significativo...

Fundo Soberano já conta com 94 milhões de dólares

Estado aplica 94,2 milhões de dólares de receitas de...

ʺUm Olhar sobre os potenciais riscos de influência política nas decisões de política monetáriaʺ

A Lei Orgânica do Banco de Moçambique define como...

Uma Nova Era para o M-Pesa: Salimo Abdula assume a Presidência do Conselho de Administração

A Vodafone M-Pesa celebra seus onze anos de existência...