Sexta-feira, Setembro 20, 2024
spot_img

Oferta Tarifária para ZCLCA: CTA Propõe a criação de um fundo de competitividade para bens estratégicos

No âmbito da Oferta Tarifária de Moçambique para Zona de Comércio Livre Continnetal Africana (ZCLCA), a CTA propõe a criação de um Fundo de Competitividade para bens estratégicos.

Falando no Seminário de Consulta sobre Oferta Tarifária de Moçambique para ZCLCA, o Presdiente da CTA,  AgostinhoVuma, defendeu que o Fundo visa subsidiar factores de produção primária e respectivos serviços de alguns produtos como cereais, hortícolas e frango, que o país tem condições favoráveis para ser competitivo.

Assim, sublinhou: “O Fundo iria acelerar o processo do país alcançar a autosuficiência desses produtos estratégicos, até 2030 ou antes”. Para financiar o Fundo, a CTA propõe a mudança do calendário de desarmamento pautal, para os produtos estratégicos.

Para capitalizar o Fundo, propõe-se aplicar o valor resultante da diferença entre a proposta actual e a nossa proposta, que consiste em mover os bens da categoria A para C, assumido como perdido no cenário fiscal actual do período do desarmamento pautal”, sustentou Agostinho Vuma.

Como sector privado, a CTA continuará a advocar pela implementação efectiva dos Acordos de que o país é signatário, na expectativa de que produzam efeitos positivos na economia moçambicana e, consequentemente, no aumento da rendibilidade do sector privado nacional.
Igualmente, a CTA defendeu que a Oferta Tarifária deve ter em conta o aspecto de processamento local de modo a adicionar valor aos produtos.

A optar por esta estratégia, o comércio intra-africano poderia aumentar dos actuais menos que 20%, para mais de 50% em 2045, bem como o incremento da quota da África no comércio global, de dois por cento para 12%. Uma rápida projecção mostra que o valor do comércio poderia triplicar em 1 ano, apenas.

A CTA defendeu, igualmente, a necessidade de melhorar os sistemas de pagamento, da rede de infraestruturas de transporte e logística de suporte ao comércio intra-africano, porquanto ainda que se elimine as barreiras tarifárias, enquanto prevalecerem os altos custos de transacção, pouco benefício o sector privado terá da eliminação ou redução das tarifas aduaneiras.

Entrevistas Relacionadas

Cimentos de Moçambique investe 60 milhões de dólares para duplicar produção em Sofala

A Cimentos de Moçambique (CM) anunciou um investimento de...

Omar Mithá lidera o Conselho Consultivo de Investimento do Fundo Soberano

Omar Mithá, actual PCA do Banco Nacional de Investimentos...

Moçambique recebe parte dos USD 50 mil milhões disponibilizados pela China para África

Moçambique esta na lista dos 54 países de África...

Novo corrector de bolsa vem dinamizar o mercado de capitais em Moçambique

O Mercado de Capitais em Moçambique já conta com...