O presidente da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, disse hoje ser “previsível” que novas empresas sejam admitidas à cotação até ao final do ano para se juntarem às 16 actualmente transaccionadas.
“Várias empresas comunicaram à BVM neste ano sua intenção de serem listadas, e atualmente estão em fase de adaptação e preparação, então é esperado que possamos ter algumas empresas listadas até o final do ano”, disse Valá em uma avaliação da atividade da bolsa de valores no primeiro semestre do ano.
No início de 2023, a BVM tinha 12 empresas listadas e, ao longo do ano, mais quatro se juntaram ao portfólio, como a WEIYUE (consultoria e gestão), Zaya Group (indústria avícola), Trassus (comércio de móveis) e RGS AGRO (açúcar).
“Nossa experiência nos ensina que o crescimento do mercado de ações não pode depender exclusivamente da escolha voluntária das empresas, mas deve contar também com o papel indutor do Estado. Empresas de alta relevância econômica no país devem contribuir para o crescimento do mercado”, ressaltou Valá.
Valá defendeu ainda que “empresas saudáveis” do setor empresarial estatal, empresas obrigadas a abrir o seu capital, bancos, seguradoras, operadoras de telefonia móvel, empresas de cimento, empresas da indústria extrativa e outras empresas que explorem recursos naturais “devem ser admitidas à cotação”, ainda que apenas “por uma percentagem mínima do seu capital social”.