O sector do turismo em Moçambique captou mais de 1,1 mil milhões de dólares norte-americanos (cerca de 954 milhões de euros) em investimentos nos últimos cinco anos, anunciou ontem o vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Onório Manuel.
“De 2018 a 2022, o sector atraiu mais de 1,1 mil milhões de dólares, posicionando-se como o terceiro maior receptor de investimentos no país”, afirmou o dirigente, durante a abertura da primeira edição do Mozambique Tourism Summit, realizada em Vilankulo, província de Inhambane.
Segundo Onório Manuel, estes números demonstram que o turismo “é muito mais do que lazer”, constitui uma alavanca para o desenvolvimento económico e para a criação de emprego digno nas comunidades.
De acordo com dados da CTA, entre 2016 e 2019, Moçambique recebeu, em média, dois milhões de turistas por ano, o que permitiu que o turismo representasse 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e 32% das exportações de serviços.
Para o sector privado, as parcerias público-privadas são o motor ideal para transformar e dinamizar o turismo moçambicano, mobilizando recursos destinados à melhoria das infraestruturas, formação profissional de qualidade e reforço da conectividade aérea e rodoviária.
“O sector privado está pronto para fazer a sua parte: investir, inovar e colaborar. O essencial é que as políticas públicas e os instrumentos financeiros estejam alinhados com esta ambição comum”, defendeu Onório Manuel.
O dirigente sublinhou ainda a importância da digitalização da experiência turística, abrangendo a promoção online, reservas electrónicas, marketing inteligente e gestão integrada de destinos turísticos.
As receitas provenientes de turistas estrangeiros ultrapassaram 200 milhões de euros em 2024, mas o Governo prevê alcançar 360 milhões de euros até 2029, elevando a contribuição do turismo para 6% do PIB, segundo informações oficiais anteriores.
Entre as prioridades definidas pelo Executivo para o período 2025–2029, destacam-se a atração de grandes eventos internacionais, o posicionamento do país como destino preferencial para o turismo de negócios e de eventos, bem como o reforço dos mecanismos de marketing turístico, com forte aposta na componente digital.




