A Incubadora de Negócios do Standard Bank realizou, recentemente, o seu primeiro workshop de acesso a mercados dedicado à exploração de oportunidades no sector de Petróleo e Gás, sob o tema “Integração no Ecossistema de Petróleo & Gás”.
A iniciativa reuniu grandes operadoras, pequenas e médias empresas (PME), representantes do sector público e privado, agências de desenvolvimento, parceiros multinacionais e empreendedores. O encontro constituiu uma plataforma estratégica para promover a aproximação entre os principais intervenientes da cadeia de valor do Gás Natural Liquefeito (GNL), reforçando a partilha de informação, a eliminação de barreiras e a criação de oportunidades concretas para as PME moçambicanas.
O evento reafirmou o compromisso do Standard Bank com o desenvolvimento de ecossistemas estratégicos e com a capacitação de PME e empreendedores, sublinhando, conforme destacou o Administrador-Delegado, Bernardo Aparício, a determinação do Banco em promover iniciativas que facilitem o acesso a mercados, reforcem a competitividade empresarial e assegurem uma participação sustentável no crescimento económico do País.
“O nosso interesse em posicionarmo-nos nos ecossistemas visa apoiar o desenvolvimento nacional, que, nos próximos cinco a dez anos, será marcado por alguns sectores específicos, incluindo o de Petróleo e Gás. Este é um ecossistema em que temos liderado em quota de mercado, conhecimento e talento, e acreditamos que será um motor da economia nos próximos anos. Se o País captar 10% do investimento destinado aos projectos de GNL em serviços locais, isso já representará um ganho muito significativo”, afirmou.

Para os intervenientes do sector, que integraram os diversos painéis, o foco recai sobre o aproveitamento das oportunidades existentes e sobre o reforço do conteúdo local.
Segundo Florival Mucave, presidente da Câmara de Energia de Moçambique, cerca de 60% das necessidades de bens e serviços do LNG correspondem a serviços não essenciais, como catering, construção, logística e transportes, representando oportunidades relevantes para as PME, sobretudo nos primeiros anos de construção.
“O desafio é transformar essas oportunidades em valor para a economia. O conteúdo local é um instrumento essencial para a diversificação e industrialização, e esse processo exige aprendizagem genuína e efectiva transferência de capacidades”, referiu.
Para os participantes, o workshop proporcionou esclarecimento, aproximação com grandes operadores e acesso directo a ferramentas essenciais para integrar o ecossistema do GNL.
“Este evento foi um divisor de águas, principalmente para percebermos os próximos passos e como definir melhor o ano de 2026. O Standard Bank está de parabéns por organizar um evento inclusivo que permite aos pequenos empreendedores compreender como crescer”, afirmou a empreendedora Mirza Jamal.
Por seu turno, o empresário Inácio Guambe considerou que a sessão permitiu aproximar os principais actores do sector e compreender ferramentas disponíveis para alavancar os negócios das PME. “Pudemos perceber o que é necessário para obter certificações e aceder ao mercado financeiro, aspectos fundamentais, mas ainda limitantes para vários intervenientes”, concluiu.



