O Banco Mundial reiterou, ontem, em Maputo, que Moçambique possui um vasto potencial económico e um ambiente propício à expansão do investimento privado, apelando ao empresariado português para reforçar a sua presença no país, de modo a acelerar o crescimento nacional.
Falando durante a apresentação do portfólio de projectos da instituição e dos respectivos procedimentos de contratação pública, realizada na Embaixada de Portugal e promovida em coordenação com a AICEP, Chenjerani Simon Chirwa, gestor de aprovisionamento do Banco Mundial para a África Austral, destacou que a carteira actual da instituição no país ascende a cerca de cinco mil milhões de dólares.
“Moçambique é um país com muitas oportunidades e um enorme potencial de geração de riqueza. Os investimentos vão continuar, porque o país precisa de investimento”, afirmou Chirwa, defendendo um maior engajamento do sector privado como condição essencial para dinamizar a economia.

Segundo o responsável, o Banco Mundial pretende ver uma participação mais activa das empresas portuguesas, não apenas para ampliar o investimento, mas também para aumentar o acesso aos mecanismos de financiamento disponibilizados pela instituição. Para tal, sublinhou a importância de as empresas acompanharem o mercado antes da publicação dos concursos.
“As seis semanas normais para preparar propostas são curtas. As empresas devem estudar o mercado meses antes, de forma a estarem prontas quando as oportunidades forem lançadas”, observou.
Por seu turno, o embaixador de Portugal em Moçambique, Jorge Monteiro, reafirmou o compromisso do seu país em apoiar o desenvolvimento nacional, salientando que a presença empresarial portuguesa é histórica, abrangente e estratégica.
“Portugal quer continuar a contribuir para a criação de valor e para a formação de recursos humanos qualificados em Moçambique. O sector privado português acredita no país e tem prestado serviços de qualidade. Queremos que continue a concorrer também a fundos do Banco Mundial”, afirmou o diplomata.
O encontro serviu igualmente para esclarecer as novas regras de procurement do Banco Mundial e partilhar informação sobre os projectos disponíveis no mercado moçambicano, num esforço para aproximar investidores e promover maior competitividade na execução das iniciativas financiadas pela instituição.
Fonte: Club Of Mozambique



