Na sequência de negociações entre as duas empresas, pela primeira vez na história, as composições dos CFM foram autorizadas a circular em território sul-africano até à região de Belfast carregando mercadoria. No sentido contrário, os comboios da Transnet receberam luz verde para circular na linha de Ressano Garcia até ao Porto de Maputo.
Reconhecendo o impacto positivo deste entendimento, Mateus Magala exortou os dirigentes dos CFM a exercerem também o papel de zeladores dos interesses estratégicos do Estado, para que a concessionária gestora do Corredor de Nacala alinhe pela mesma estratégia com o vizinho Malawi. O governante referiu também que o transporte ferroviário de passageiros constitui outro desafio que deve constar das prioridades da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, dado o seu impacto para a população.
“Auguramos melhorias na oferta e capacidade em todas as carreiras onde a população clama por este serviço social”, disse Mateus Magala.
Magala desafiou, por isso, as duas empresas ferroviárias, nomeadamente CFM e a TFR, a pensarem na operacionalização do acordo por elas alcançado, nos mesmos moldes para o serviço de transporte ferroviário de passageiros entre Moçambique e a África do Sul.
Refira-se que a expectativa do Governo é que o acordo alcançado entre as duas companhias contribua para a aumento da carga manuseada nos porto nacionais, de 48 milhões de toneladas registados em 2021 para 83 milhões de toneladas até 2024.
Mateus Magala recordou que uma solução logística óptima pressupõe o equilíbrio entre os diversos modos de transporte, nomeadamente o ferroviário e o rodoviário.