A gestora comunicou a decisão por escrito na manhã de hoje aos funcionários da empresa, após ter sido “pressionada” nesse sentido nas últimas quatro semanas pelo novo conselho de administração da Transnet, avançou a imprensa local.
Na semana passada, a administradora da Transnet, Portia Derby, demitiu-se também do cargo que exerceu desde Fevereiro de 2020, juntamente com a directora financeira do grupo, Nonkululeko Dlamini, anunciou a empresa pública em comunicado a que a Lusa teve acesso.
A Transnet reportou prejuízos de 5,7 mil milhões de rands, no exercício financeiro de 2022/23.
Os volumes de exportação ferroviária caíram de 213 milhões de toneladas em 2018/2019 para 149 milhões de toneladas no último exercício financeiro, segundo a imprensa local.
No dia 1 de Setembro, o ministro das Empresas Públicas, Pravin Gordhan, anunciou a criação de um novo conselho de administração na Transnet, liderado por Andile Sangqu, garantindo “reverter radicalmente” o declínio operacional e financeiro reportado pela estatal de portos e caminhos de ferro sul-africana, nomeadamente a subsidiária Transnet Freight Rail.
“O desempenho de 2022/23, juntamente com as conclusões críticas do Auditor Geral, exigem medidas urgentes e correctivas, especialmente dentro da divisão Transnet Freight Rail (TFR)”, disse o governante sul-africano em comunicado que antecedeu a apresentação dos resultados anuais da empresa pública.
Na apresentação dos resultados financeiros, a Transnet anunciou o reforço de locomotivas na exportação de minério, nomeadamente carvão, para países vizinhos, destacando Moçambique como prioridade da nova estratégia de recuperação financeira da empresa pública.
O Conselho de Minerais da África do Sul, que representa as mineradoras, estimou em 100 mil milhões de rands em perda de receita devido aos constrangimentos operacionais logísticos, o que significaria cerca de 50 mil milhões de rands em receitas fiscais para o Estado, sublinhou.
Os principais produtores de carvão anunciaram recentemente planos de reestruturação e despedimento de trabalhadores, apontando a inviabilidade do transporte rodoviário de carvão para os portos, segundo a imprensa local.