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Domingo, Junho 22, 2025
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Aquisição de participações na LAM deverá estar concluída em três meses com meta de 130 milhões USD e renovação da frota

A compra de participações da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) deverá ser concluída os próximos três meses, segundo garantias do Presidente do Conselho de Administração da Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique.

Agostinho Langa Júnior assegurou que a companhia terá novas aeronaves. Para já está em curso o pagamento das dívidas da companhia aérea, cuja responsabilidade é do executivo de Daniel Chapo.

“Relativamente à compara de acções, há uma série de condições precedentes que devem ser cumpridas, sendo a principal o saneamento das dívidas da LAM. Portanto, é preciso que se limpem as contas da LAM, para que tudo aquilo que esses accionistas e outros que possam aderir à iniciativa não vejam o seu dinheiro contaminado ao entrar nas contas da LAM. Este é o processo que, neste momento, está em curso. Essa não é a responsabilidade dos accionistas, é a responsabilidade do Governo. Quando isto estiver tudo pronto, acredito que estaremos em condições de avançar.  Acreditamos que o processo vai correr bem, que o Governo vai atingir os seus objectivos. Estamos a acompanhar o processo do saneamento das dívidas, e acreditamos que em mais dois ou três meses o processo estará resolvido e começaremos a ter aviões novos para a LAM” disse, citado pela STV.

O PCA dos CFM escusou-se em falar sobre o montante das dívidas da LAM.

Ainda hoje, mas noutro evento, na cidade da Matola, o Ministro dos Transportes, João Matlombe, assegurou que os “demónios da LAM” serão exorcizados em breve.

“Há uma empresa que foi contratada, está a cumprir o plano que acordou com o Governo. A LAM é prioridade de todos os moçambicanos, e o Governo está a assegurar que esse desejo dos moçambicanos de ter uma companhia aérea fiável, funcional e com orgulho dos moçambicanos seja uma realidade. O nosso compromisso como Governo é trabalhar para que essa nova companhia exista” disse

O Governo autorizou, este ano, os CFM, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) a adquirir 91% das participações do Estado na LAM.

A medida, conforme explicou em algumas ocasiões o porta-voz do Executivo, Inocêncio Impissa, visa reestruturar a empresa e injectar capital para assegurar as operações e aquisição de frota. Com a operação, se pretende arrecadar 130 milhões de dólares e oito aeronaves.

Recorde-se que, no primeiro momento de intervenção do actual Governo, foram desvendados conflitos de interesse na LAM. No balanço dos primeiros 100 dias de governação, o Presidente da República (PR), Daniel Chapo, disse que um grupo de pessoas enviado para adquirir três aeronaves da Europa passou 15 dias naquele continente e não apresentou resultados. Chapo depreendeu que se trata do grupo interessado em ver a LAM a continuar a fretar/alugar os aviões.

Em Maio passado, o PR exonerou “com efeitos imediatos” o PCA da LAM, Marcelino Gildo Alberto. Além do PCA, foram afastados o Administrador do Pelouro de Finanças, Recursos Humanos e Serviços Corporativos, Altino Xavier Mavile, e do Administrador do pelouro Técnico e Operacional Bruno Miguel Domengue Lorena Heliotrope Miranda.

Com efeito, foi nomeado um novo Conselho de Administração Não-Executivo, composto por funcionários das empresas accionistas dos CFM, HCB e EMOSE. Uma Comissão de Gestão com funções executivas foi nomeada para assegurar a gestão corrente da empresa aérea.

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