Quarta-feira, Maio 8, 2024
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Atrasos no GNL e a necessidade de reestruturação de dívida

Moçambique enfrenta uma situação financeira crítica devido aos atrasos nas receitas do gás natural liquefeito (GNL). Um analista da Capital Economics, com base no Reino Unido, alerta que, se as receitas do GNL não aumentarem rapidamente, o país terá que reestruturar sua dívida pública.

O recente anúncio da TotalEnergies sobre a retomada do projecto de GNL é um sinal positivo, mas a produção e exportação de gás natural só começará em 2028, quando os custos da dívida já estarão em alta.

Após a controversa reestruturação da dívida da empresa pública Ematum, os pagamentos dos títulos soberanos de Moçambique estão prestes a aumentar significativamente a partir de 2024.

A Standard & Poor’s estima que os custos de serviço dos títulos com vencimento em 2031 aumentarão de 5% para 9% em Março de 2024, representando uma despesa anual de 81 milhões de dólares entre 2024 e 2028, antes de subir para 225 milhões de dólares anualmente entre 2028 e 2031.

Moçambique possui três projectos de GNL aprovados, mas a insurgência armada em Cabo Delgado tem prejudicado a segurança e a implementação desses projectos.

Embora a resposta militar com o apoio de Ruanda e da SADC tenha liberado distritos próximos aos projectos de gás, novos ataques persistem. O conflito já deslocou um milhão de pessoas e causou aproximadamente 4.000 mortes.

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