Terça-feira, Julho 22, 2025
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BAD Aprova 17 milhões de dólares para reconstrução e emprego no norte do país

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou um financiamento de 17 milhões de dólares norte-americanos para apoiar a recuperação e o desenvolvimento socioeconómico no norte de Moçambique, com enfoque na província de Cabo Delgado, afectada pela insurgência armada desde 2017. O projecto prevê a criação de 24 mil empregos e deverá beneficiar mais de 100 mil pessoas, com prioridade para jovens e mulheres.

Segundo uma nota da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), o apoio será canalizado através do Projecto de Investimento Resiliente para o Empoderamento Socioeconómico, Paz e Segurança (RISE-PS), a ser implementado entre Setembro de 2025 e Agosto de 2029. A iniciativa será liderada pelo Governo moçambicano, com apoio técnico do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O projecto prevê a reabilitação de 150 infra-estruturas comunitárias, incluindo escolas, centros juvenis, postos de saúde, mercados e sistemas de abastecimento de água. Está igualmente previsto o emprego imediato de 4.500 jovens e mulheres nas obras públicas, bem como a formação profissional de 9.200 pessoas. Cerca de 2.000 mulheres e jovens empresários terão acesso a subsídios para relançar pequenos negócios destruídos pela violência.

O BAD destaca ainda a construção de um Centro de Pequenas e Médias Empresas (PME) no Pólo Industrial de Afungi, com capacidade para acolher até 100 empresas em infra-estruturas modernas e sustentáveis. A responsabilidade pela construção caberá à empresa moçambicana MozParks. O projecto contará também com a participação de empresas privadas como a TotalEnergies e a ExxonMobil, que oferecerão estágios a 1.055 jovens, dos quais 70% deverão ser integrados em empregos permanentes.

O investimento total no projecto RISE-PS é de 28 milhões de dólares, dos quais 17 milhões provêm do BAD. Os restantes fundos serão assegurados pelo PNUD (4,2 milhões), Governo da Alemanha (2,4 milhões), parceiros privados (3,1 milhões) e Governo moçambicano (1,3 milhão).

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