O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) pondera disponibilizar um pacote adicional para o financiamento da implementação do Projecto Zona Especial de Processamento Agro-Industrial (ZEPA) do Corredor de Desenvolvimento Integrado Pemba-Lichinga.

O representante-residente do BAD em Moçambique, César Abogo, não deu detalhes sobre o montante a ser disponibilizado, mas explicou que os fundos em causa virão do pacote de 1,5 mil milhão de dólares norte-americanos anunciado recentemente pela instituição multilateral para ajudar os países africanos a fazerem face à crise de alimentos, através de financiamento de iniciativas no sector agrário.

O Conselho de Administração do BAD aprovou a 17 de Dezembro último uma subvenção de 47,09 milhões de dólares para a primeira fase do ZEPA, um projecto transformacional que visa melhorar a produtividade agrícola e o desenvolvimento do agro-negócio na província do Niassa, onde as principais cadeias de valor incluem a soja, gergelim, macadâmia, batata, trigo, feijão, milho, algodão e aves.

Em declarações a jornalistas, em Maputo, à saída de um encontro com o Conselho Directivo da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Abogo garantiu que os recursos adicionais visam acelerar o processo de produção e de produtividade agrícola bem como criar condições para que Moçambique possa enfrentar a crise gerada pela falta de disponibilidade de cereais no mercado internacional.

Por sua vez, Fernando Couto, presidente do Conselho Empresarial na CTA, afirmou que no encontro o sector privado apresentou uma preocupação relacionada com as taxas de juro praticadas nas praças financeiras internacionais, incluindo pelo BAD.

“Neste momento a taxa de juro praticada é de 20,5 por cento, o que é incomportável para as empresas. Colocámos essa questão ao BAD sobre a necessidade de rever esta questão”, frisou.

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