O Banco Comercial e de Investimentos (BCI), controlado maioritariamente pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Portugal, anunciou hoje um aumento de 4,4% nos lucros líquidos no primeiro semestre de 2025, atingindo os 3,7 mil milhões de meticais, equivalentes a 60 milhões de dólares, em comparação com os 3,5 mil milhões de meticais (56 milhões de dólares) no mesmo período do ano anterior.
Segundo o relatório financeiro semestral, o ativo total do banco cresceu para 249,7 mil milhões de meticais (aproximadamente 3,9 mil milhões de dólares), destacando-se os créditos concedidos a clientes que alcançaram os 68,4 mil milhões de meticais (1,1 mil mil dólares).
No lado dos passivos, os depósitos de clientes subiram para 195,7 mil milhões de meticais (3,1 mil milhões de dólares) dentro de um total de 213,8 mil milhões de meticais (3,3 mil milhões de dólares).
O BCI recuperou ainda 350 milhões de meticais (5,5 milhões de dólares) relativos a operações de crédito anteriormente classificadas como problemáticas, fruto de acordos com os devedores.

A estrutura acionista mantém-se liderada pela Caixa Participações (CGD), com 51% do capital, seguida pelo BPI, com 35,67%, e pela CGD em participação direta, com 10,51%. O capital social do banco permanece em 10 mil milhões de meticais (156 milhões de dólares), sustentado por uma força de trabalho de 2.712 colaboradores no final de 2024.
Apesar do resultado semestral positivo, o BCI registou uma queda significativa nos lucros em 2024, que recuaram 26,18%, de um recorde de 8,2 mil milhões de meticais (128 milhões de dólares) em 2023 para 6 mil milhões de meticais (94 milhões de dólares), impacto atribuído a um aumento de 127,1% nos custos com imparidades e provisões.
Na sequência do contexto pós-eleitoral adverso e da ameaça de possível reprovação da notação de crédito do país, a administração optou por não distribuir dividendos referentes a 2024, priorizando o fortalecimento do balanço e da resiliência institucional.
Mesmo assim, durante esse exercício, o banco registou um aumento de 15% nos depósitos, alcançando 183,5 mil milhões de meticais (2,9 mil milhões de dólares), e uma subida de 4,3% nos capitais próprios, que atingiram 32,2 mil milhões de meticais (503 milhões de dólares). A carteira de crédito cresceu 6%, situando-se em 78,2 mil milhões de meticais (1,2 mil milhões de dólares), ao realçar o compromisso contínuo com o financiamento dos setores produtivos e de consumo.