O banco público de desenvolvimento justifica a queda, pela “redução do volume de desembolsos em resultado da política monetária restritiva adoptada pelo Banco de Moçambique, como resposta da pressão inflacionária, tendo o efeito da elevação das taxas de juro levado à redução de projectos de investimento sustentáveis”.
Nesse contexto, o Banco diz que “adoptou uma postura cautelosa na selecção de dossiers de crédito, baseada num rigoroso processo de avaliação de risco de crédito”, a “liquidação de duas operações de crédito de valores expressivos que representavam no seu todo cerca de 20% do total da carteira de crédito”.
No período em análise, a instituição financiou um conjunto de projectos de investimento no montante global de MT 415,46 milhões relativamente acima do nível de desembolso de MT 356,86 milhões observado em igual período de 2022, tendo 56% dos desembolsos alocados para projectos de operações de fomento, processamento e exportação de produtos agrícolas.
Com efeito, a carteira de crédito do banco apresentou maior nível de concentração no financiamento ao sector da indústria, com peso de 46 por cento , tendo desta proporção, 87 por cento incidido sobre a indústria alimentar. As operações com maturidade de longo prazo representam um peso de 53%.
Segundo o BNI, a qualidade da carteira de crédito registou alguma deterioração reflectindo o contexto do agravamento do risco de crédito na economia, em consequência da conjuntura macroeconómica pouco favorável, estando parte dos tomadores de créditos a não gerarem fluxos de caixas suficientes para honrar com o serviço da dívida.