Os campos de gás descobertos ao largo de Moçambique representam uma enorme oportunidade para o desenvolvimento do país africano, afirmou a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni durante visita que a governante efectuou ao país, semana passada.
Falando após um encontro com o Presidente moçambicano Filipe Nyusi, Meloni falou da longa cooperação entre os dois países, tendo referido que a empresa estatal Eni era o melhor exemplo da da relação económica entre Itália e Moçambique.
“Concordamos com o Presidente de Moçambique que os campos descobertos ao largo da costa norte de Moçambique são uma enorme oportunidade para o desenvolvimento desta nação e também para reforçar as nossas relações”, afirmou Meloni, citado pela Reuters.
Estima-se que o campo de gás localizado na Bacia do Rovuma, ao largo da costa moçambicana, denominado campo Coral, contenha 500 mil milhões de metros cúbicos de gás natural.
A Eni é a operadora do projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) flutuante Coral Sul, que transformou o país num produtor e exportador mundial de GNL a partir de Novembro de 2022.
O grupo italiano detém mais de dois terços do projecto em conjunto com a Exxon Mobil (XOM.N) e a chinesa CNPC. A empresa portuguesa de energia Galp (GALP.LS), a Korean Gas Corp. e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) são os parceiros minoritários com 10 por cento cada.
A Eni espera chegar a uma Decisão Final de Investimento (DFI) num segundo projecto de GNL flutuante para explorar o campo Coral Norte até ao final de Junho do próximo ano.
A Itália acolherá a Cimeira Itália-África no início do próximo ano, segundo esclareceu Meloni, referindo que o seu governo apresentará a sua nova estratégia de cooperação com o continente durante a conferência.
O evento que tinha sido agendado para o próximo mês de Novembro, foi adiado em virtude da situação da insegurança que assola alguns países do mundo, tal é a recente crise militar entre o Israel e a Palestina.