A ideia foi defendida por Gregório Tradacete, Líder da Equipa do programa PROMOVE comércio no país, que falava no painel sobre “Oportunidades de Negócio entre Moçambique e a União Europeia”, no terceiro dia da Conferência Anual do Sector Privado (CASP).
Tradacete elencou o gás, alumínio e o carvão mineral como estando no topo das potencialidades que a União Europeia procura importar a partir de Moçambique. Para além dos recursos energéticos, a Europa quer que o país alargue a base de exportações de produtos agrícolas, quer em bruto ou de forma processada.
Entre os produtos agrícolas, o responsável falou da banana e cajú, como sendo umas das demandas da Europa e que Moçambique deve, agora, procurar dar resposta significativa.
“De Moçambique a Europa é distante, tanto pelo mar como no ar. Por isso, alguns produtos podem chegar com uma qualidade indesejada. Mas há aleternativa de processamento. Os produtos podem ser transformados e chegarem ao destino bem conservados”, sugeriu Tradacete.
O líder do Promove em Moçambique disse que o país tem estado a ganhar com o comério com os países europeus, apontando que as receitas com exportação (cerca de 1.500 milhões de dólares) para a Europa são mais altas que as de importação (800 milhões de dólares), ao ano.
Já, o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) diz que as micro, pequenas e médias empresas moçambicanas devem procurar conhecer os requisitos que as confere o direito de desfrutar de benefícios do comércio com os países da UE.
Beatriz Machava, da Direcção do Comércio Externo do MIC, destacou a plataforma MozExport como sendo uma janela aberta para a divulagação das oportunidades de acessos aos mercados, quer normais, quer preferenciais.
“Com esta iniciativa o Ministério da Indústria divulga oportunidades comerciais e esforça-se para que sejam abrangidas, para além das grandes empresas, as micro, pequenas e médias empresas”, afirmou a fonte.
A lógica de intervenção do projecto PROMOVE Comércio foi concebida para impactar a melhoria do ambiente de comércio e negócios, para cadeias de valor prioritárias com forte potencial de comércio regional e global.
O período da sua implementação com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) como parceiro, começou em 1 de Março de 2020 e termina na mesma data em 2024.