Tornar-se-á accionista da Companhia de Gasodutos da República de Moçambique (ROMPCO), a Companhia Moçambicana de Gás (CMG) em parceria com a empresa sul-africana “iGas”, afiliada do Fundo Central de Energia (CEF), com participações de 25 por cento e 40 por cento, respectivamente.
A mudança surge após um anúncio público feito recentemente pela Sasol, através do qual o gigante petroquímico sul-africano declarou a conclusão do acordo de venda e compra de 30 por cento das suas acções na ROMPCO, avaliadas em 290 milhões de dólares.
Um comunicado de imprensa conjunto da CMG e da iGas diz que a Sasol deterá 20 por cento das acções, tornando-se assim accionista minoritária da ROMPCO, que explora o gasoduto de 865 quilómetros de comprimento entre Moçambique e a África do Sul.
Estevão Pale, o presidente da direcção da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH), a empresa-mãe da CMG, disse que para além do impacto social e económico para o país, a decisão conjunta de exercer o direito de preferência na aquisição de acções da Sasol é um novo capítulo para a ROMPCO, uma vez que promove um espaço de cooperação mais amplo para a ENH e a CEF.
“Ter os governos dos dois países como accionistas maioritários do gasoduto transfronteiriço é estratégico, tendo em conta que o gasoduto ROMPCO é a única fonte de gás para o mercado sul-africano, e o gás é o fornecedor alternativo de energia limpa”, disse Pale.
Por sua vez, o Director Executivo do Grupo CEF, Ishmael Poolo, declarou que “a aquisição das acções anuncia uma nova era na promoção de parcerias, bem como para o estabelecimento de uma base sólida para enfrentar os desafios futuros da segurança energética da África do Sul”.
A Companhia Moçambicana de Gás (CMG), associada à ENH, é uma empresa moçambicana fundada em 2002, para fornecer um serviço de transporte de gás natural e outros hidrocarbonetos.