Em 2024, o BCI manteve a trajectória de crescimento do Balanço, preservando a forte robustez em termos de liquidez, solvabilidade e rentabilidade, apesar do contexto adverso, particularmente no IV Trimestre. Esta robustez é evidenciada pelos rácios de Solvabilidade e de Liquidez que atingiram, no final do ano, 23,33% e 41,03%, respectivamente, valores significativamente superiores aos mínimos regulamentares, demonstrando o rigor e a prudência da gestão do BCI, e a sua resiliência, assim como capacidade de adaptação face a contextos adversos.
A nível da actividade comercial, registou-se um crescimento assinalável do Volume de Negócios, assente no aumento dos Depósitos em MZN 23.952 milhões (+15%) e da carteira de Crédito em MZN 4.469 milhões (+6%), facto que propiciou um crescimento dos Activos em quase 11%. Deste modo, o BCI manteve a sua posição de liderança no sector bancário moçambicano, alcançando, em Dezembro, quotas de mercado de 26,94% no Crédito, 25,78% nos Depósitos e 22,73% nos Activos.
O bom desempenho da actividade comercial permitiu um crescimento do Produto Bancário em 2,5% face ao período homólogo, com destaque para a evolução positiva da Margem Financeira (+4,73%), impulsionada pelo crescimento da carteira de Crédito em Moeda Nacional e dos Activos Financeiros, mesmo num contexto de redução de taxas de juro e elevados coeficientes de Reservas Obrigatórias, demonstrando a eficácia da estratégia operacional do Banco.
Não obstante a boa performance dos proveitos operacionais, a evolução do Resultado Líquido foi condicionada por reforços de imparidades decorrentes de factores exógenos, com destaque para as imparidades constituídas para a cobertura do agravamento do risco soberano, o qual se evidenciou através das revisões em baixa do rating do país pelas agências Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s (S&P), nos meses de Fevereiro e Março de 2025, com esta última a atribuir ao país a classificação de “Selective Default”, para a dívida soberana em moeda nacional
Neste contexto, o Resultado Líquido atingiu os MZN 6.040 milhões, que apesar de constituir uma queda de 26% face a 2023, permitiu manter níveis consideráveis de Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) e de Rentabilidade do Activo (ROA), a situarem-se em 19,26% e 2,64%, respectivamente.
Ao longo ano, o BCI manteve o foco contínuo na qualidade de serviço, inovação e proximidade ao cliente, e reforçou o seu posicionamento de referência no mercado através da disponibilização dos melhores produtos e serviços, priorizando a satisfação do cliente, e procurando incrementar a rentabilidade, de forma sustentada, em todas as áreas de negócio.
Num contexto de incerteza e desafios múltiplos, o BCI mostra-se financeiramente robusto e estrategicamente prudente, e continuará a desempenhar um papel activo e responsável na recuperação económica do país, mantendo o seu compromisso com uma banca ética, prudente e orientada para o desenvolvimento inclusivo e sustentável.