Tomás Rodrigues Matola, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
Antes da sua ascensão à presidência da HCB, Tomás Matola esteve nos últimos anos na liderança do Banco Nacional de Investimentos (BNI), onde apesar da conjuntura económica nacional e internacional adversa conseguiu estabilizar o banco, apresentando regularmente lucros e contas positivas, repartindo os dividendos com os sócios.
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Tomás Rodrigues Matola nasceu em Maputo, em 1979. É formado em gestão pela Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane [graduado como o melhor estudante] e tem especializações em Gestão Bancária e Gestão de Negócios de Petróleo e Gás, feitas na Universidade Católica de Portugal e no Instituto Superior de Ciências e Tecnologias de Moçambique (ISCTEM). É professor universitário das disciplinas de economia monetária, sistema financeiro e gestão bancária.
Tomás Matola tem uma larga experiência no sistema financeiro, com passagem pelo Millennium Bim, Banco de Moçambique e pela extinta Mcel, onde fundou e dirigiu o sector de compliance da carteira móvel mKesh. No BNI foi sub-director, director, administrador, presidente do Conselho de Administração (cumulativamente com as funções de presidente da Comissão Executiva) nos últimos três anos presidente da Comissão Executiva, num sistema de governance que separa o chairman do CEO.
Matola deixa o BNI poucos dias depois de apresentar os resultados de 2022: lucros líquidos de cerca de 208 milhões de meticais.
Foi antes PCA do BNI e foi lucrativo, tendo na sequência entregue os dividendos aos sócios do Banco, de resto, coisa rara no sector empresarial do Estado moçambicano.
- Empresa logrou alcançar, em 2023, uma produção na ordem dos 16.057,5 GWh, 12,36% acima das projecções e 2,0% acima do volume da produção alcançada em 2022, a produção mais alta dos últimos oito anos.
- Receitas foram na ordem dos 34.916,98 milhões de meticais, um incremento de 49,2% acima das previsões
- Resultado líquido, 13.021,69 milhões de meticais, foi o mais alto da história da HCB
- Empresa projecta um incremento da capacidade de geração para cerca de 4.000 MW, até 2032;
- HCB foi a empresa que mais pagou dividendos ao accionista Estado, em 2023, na ordem de 4.643,3 milhões de meticais. A contribuição da HCB constitui metade (50%) dos dividendos pagos pelo Sector Empresarial do Estado.
- HCB aspira ser o maior produtor de energia limpa na região e um dos maiores de África e do mundo, até 2032