Foi indicada uma comissão liquidatária que vai conduzir o processo da extinção da empresa pública Correios de Moçambique até ao fim, depois de o Governo ter decidido pela sua dissolução, a 25 de Maio último.
Com um prazo de dois anos e meio, a comissão tem a missão de fazer o levantamento de todo o património móvel e imóvel da empresa, avaliar os seus activos e preparar os processos de indemnização, reforma ou reintegração dos mais de 300 trabalhadores, distribuídos por todo o país.
Elias Chirindza, Secretário do Comité Sindical da Empresa, informou que, desde que se tornou oficial a extinção da empresa, apenas hoje é que a direcção da instituição deu uma informação concreta sobre a situação dos trabalhadores, colocando o fim a duas semanas de incertezas.
“Reunimo-nos com o Instituto de Gestão das Participações do Estado e foi-nos informado que, até meados do próximo ano, teremos a nossa situação regularizada. A comissão de gestão, que foi criada, irá determinar quais trabalhadores irão para a reforma, quantos serão indemnizados ou ainda repescados para a nova empresa, que vai substituir a empresa Correios de Moçambique”, explicou Chirindza.
Sobre o património móvel e imóvel da empresa e os seus activos, o Administrador Executivo do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) disse que o Governo estava, ainda, a avaliar o destino a dar.
“Estamos, neste momento, a fazer a avaliação dos activos da Correios de Moçambique, para ver se podemos redimensioná-los, ou ainda capitalizar o excesso de património e financiar outras empresas mais deficitárias”, esclareceu o dirigente.
Refira-se que o Governo decidiu extinguir a companhia Correios de Moçambique em resultado do processo de reestruturação em curso, um pouco por todas as empresas públicas e participadas pelo Estado.