Segunda-feira, Dezembro 23, 2024
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Desempenho empresarial estagnou nos últimos dois trimestres de 2023

As constatações são da Confederação das Associações Económicas (CTA), que organizou, esta Quinta-feira, cidade de Maputo, a 13ª edição do informe sobre desempenho económico denominado “Economic Briefing”.

A CTA refere que essa estagnação foi, em parte, justificada por factores positivos, tais como o início da campanha de comercialização agrícola e da época de exportação de produtos como o algodão e camarão.

Negativamente, a permanência da robustez empresarial foi determinada pelo abrandamento do desempenho do sector de turismo principalmente em províncias como Inhambane, Gaza e Manica, e o arrastamento dos efeitos dos eventos climáticos do i trimestre.

De igual modo, pesou no desempenho empresarial o impacto dos custos dos preços de combustíveis, particularmente do gasóleo, que corresponde a mais de 75 por cento do consumo empresarial, cujos efeitos se reflectiram directamente no sector de transportes e indústria.

A agremiação empresarial notou, neste período, que o mercado de trabalho continuou frágil, tendo constatado que prevalece uma preferência para a contratação de mão-de-obra temporária ou em tempo parcial, principalmente nos sectores da agricultura e construção.

Entretanto, a CTA faz um olhar ao terceiro trimestre e espera por melhorias durante esta parcela do ano, mas prevalecem algumas incertezas suscitadas por eventuais riscos da subida de preços do barril de petróleo no mercado internacional “a par do prosseguimento dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia pressionar os preços domésticos de bens e serviços cujo impacto poderá ser a diminuição da procura e consequentemente a contracção dos lucros de exploração”.

Para fazer frente aos desafios impostos ao ecossistema económico nacional, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, lembrou aos presentes algumas soluções que têm sido defendidas pela cúpula empresarial.

“A CTA tem advogado a adopção, de entre outras medidas, as seguintes: a manutenção da estabilidade da taxa de câmbio facto que o Banco de Moçambique tem alcançado desde o ano passado. A necessidade de uma taxa de juro baixa que possibilite o acesso ao financiamento por parte do sector privado”, afirmou Vuma.

O dirigente da agremiação dos empresários acrescentou que “sobre este capítulo, preocupa-nos a subida galopante que se observou no coeficiente de reservas obrigatórias que nos dois trimestres do ano, subiu em mais de 28.5 pontos percentuais, facto que originou o aumento da prime rate em 90 pontos bases”.

Ainda no âmbito de saídas para impulsionar a produção interna, a CTA continua a defender a revisão da carga tributária, no sentido de por um lado reduzir o seu peso que se situa em 36,1 por cento e, por outro, eliminar o fenómeno da multiplicidade de taxas.

 

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