Projecções da ministra das Finanças – Carla Louveira
A ministra das Finanças, Carla Loveira, disse que os indicadores de desempenho mostram um caminho sólido de retomada do crescimento económico no país. Ao intervir na abertura do Conselho Coordenador do Ministério das Finanças, Carla Louveira disse que, segundo os dados mais recentes da execução orçamental do terceiro trimestre, há ligeira subida nas receitas e descida nas despesas, em termos homólogos.
A ministra das Finanças disse também que, embora os dados referentes ao primeiro semestre de 2025 apontem para uma contracção económica acumulada de 2,4%, as projecções orçamentais apontam para um crescimento económico de 2025 em 2,9%, uma aceleração económica em 3,2% em 2026 e uma média de 4,4% para o período de 2026 a 2028. “Estes indicadores mostram a existência de um caminho sólido para a retomada do crescimento económico.
As reformas em curso no sector das Finanças Públicas, aliadas à retomada gradual da produção e ao crescimento de sectores estratégicos, como a energia, a agricultura, o gás natural e as infraestruturas, projectam um horizonte de crescimento económico promissor, sustentável e inclusivo”, afirmou Carla Loveira. Disse também que a prioridade do Governo é assegurar que o crescimento se traduza em estabilidade macro-económica, controlo da inflação, consolidação fiscal e melhoria das condições de vida dos moçambicanos.

A ministra das Finaças referiu a celebração dos acordos de garantias entre o gestor do novo Fundo de Garantias Mutuárias e instituições financeiras moçambicanas, marcando o início da contraprestação de garantias bancárias no montante de 120 milhões de dólares para apoiar o financiamento das micro-, pequenas e médias empresas e promover uma economia mais inclusiva e participativa. “Esta medida reforça o nosso compromisso com uma gestão moderna, digitalizada e eficiente das finanças públicas, assegurando que o crescimento económico beneficie todas as regiões e grupos sociais do país”, afirmou Carla Loveira.
A ministra das Finanças disse também: “O contexto macroeconómico nacional tem-se revelado desafiante, marcado por choques internos e externos, resultantes de factores adversos”. Despesa do Estado O porta-voz do Conselho de Ministros disse que o balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado aponta que, dos 283 indicadores deste Plano para 2025 avaliados no presente trimestre no terceiro trimestre, 77%, cerca de 219, tiveram um desempenho positivo e 23%, correspondendo a 64 indicadores, registaram um desempenho negativo.

“Apesar de factores adversos vividos em Moçambique, registou-se uma estabilidade dos indicadores macro-económicos, caracterizada pelo aumento das reservas internacionais líquidas para cinco meses de cobertura, contra 4,7% previstas para o período, e a estabilidade da inflação ao situar-se em 4,1%, abaixo dos 7% previstos para o ano em curso”, afirmou Inocêncio Impissa.
Disse também que a cobrança da Receita do Estado foi de 263.872 milhões de meticais, correspondentes a 68,4% da meta anual, tendo sido 262.366 milhões de meticais, correspondentes a 68,5%, cobrados em 2024, representando um crescimento nominal de 0,6%.
A despesa realizada foi de 314.264 milhões de meticais, correspondente a uma realização de 61,3% do Plano Económico e Social de 2025, tendo sido 360.713 milhões de meticais, que correspondeu a 63,5% do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado do ano de 2024, no período homólogo, representando um decréscimo real de 15,8%. O balanço referente ao terceiro trimestre de 2025 mostrou que as acções levadas a cabo pelo Governo estavam orientadas para a promoção da coesão social, recuperação económica e consolidação fiscal, visando melhorar o bem-estar da população moçambicana.



