Segunda-feira, Dezembro 23, 2024
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Energia de Mpanda Nkuwa vai garantir segurança nacional energética

Mpanda Nkuwa, um projecto energético considerado estruturante, terá a capacidade de produzir até 1500 Gigawatts (GW) de energia. Espera-se que o empreendimento venha contribuir para a expansão da rede eléctrica nacional, permitindo que a energia chegue a mais famílias moçambicanas e empresas nacionais.

Igualmente, parte dessa energia deverá ser exportada para os países vizinhos de Moçambique, sobretudo os do hinterland, no âmbito de integração regional a nível da África da Austral.

Carlos Yum, diz que essa exportação não deve colocar em causa a estabilidade energética do país, por isso os acordos de partilha devem acomodar os objectivos macroeconómicos de Moçambique.

“O melhor modelo seria o de o país que solicitar a nossa energia estipulasse a quantidade que precisa. Nesse sentido, será cômodo avaliar o que podemos vender a esse país dentro dos limites da energia disponível”, explicou Yum.

Prosseguindo, o gestor da Mpanda Nkuwa enfatizou que outro aspecto a ter em conta é o período em que esses acordos de exportação da energia vão compreender, se se pensar na demanda das indústrias nacionais no presente e no futuro.

“Imagine conceder energia a outro país por 10, 20 anos ou mais e dentro desse período Moçambique necessitar parte da tranche vendida e na sequência disso exigirmos o que já ofertamos, não seria agradável aos parceiros, então é seremos cautelosos nos modelos de compra e venda, para salvaguardar as metas nacionais”, afirmou a fonte.

Procura regional e parcerias favorecem o projecto

O país tem uma estratégia de exportação de energia eléctrica e visa contratos de venda com a África do Sul, Botswana, Zimbabwe, Lesoto e o Malawi. Em 2030, haverá aproximadamente 5.5 Gigawatts (GW) de procura regional de energia e que pode ser fornecido por Moçambique.

A produção de electricidade nos países vizinhos é dominada pela energia do carvão, em torno de 90 por cento, a qual tem pouca flexibilidade para integrar fontes de energia variáveis e renováveis (Solar e eólica). A oportunidade de obter lucros na exportação de energia poderá reduzir os custos internos de energia no país.

Ao todo, o orçamento previsto para a concretização deste projecto está estimado em 4.5 mil milhões de dólares norte-americanos.

De acordo com o director do Gabinete de Implementação do Projecto, Carlos Yum, para além da União Europeia e o Banco Europeu de Investimento que anunciaram o financiamento em 500 milhões de dólares, hás mais mais parceiros interessados.

O Banco Africano de Desenvolvimento, Agência Francesa de Desenvolvimento, Banco de Desenvolvimento Sul-Africano, Banco Islâmico de Desenvolvimento,  são os nomes que, agora, tencionam contribuir para a concretização do empreendimento.

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