A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) anunciou que a unidade de processamento de gás de cozinha em Inhassoro, província de Inhambane, poderá iniciar a produção até o final deste ano. A previsão foi feita pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) da ENH, Estêvão Pale, no relatório e contas de 2023 divulgado pela empresa.
O projecto do Acordo de Partilha de Produção (PSA) em parceria com a petroquímica sul-africana Sasol prevê a implementação da Central Térmica de Temane (CTT), com capacidade de 450 megawatts de energia elétrica, e da planta de processamento de 30 mil toneladas por ano de gás de cozinha (GPL) em Inhassoro. Estima-se que a produção poderá começar até o final de 2024.
Além da produção de GPL, o projecto de PSA também contempla a produção de 53 milhões de megajoules de gás natural por ano e a produção de 4 mil barris de petróleo leve por dia.
O ano fiscal de 2023 foi marcado pela redução das actividades dos projectos da bacia do Rovuma, no Norte da província de Cabo Delgado, devido à manutenção da ‘força maior’ invocada em 2021 pela TotalEnergies, em resposta aos ataques terroristas, conforme descreveu o PCA da ENH.
A ENH, subordinada ao Ministério dos Recursos Naturais e Energia (MIREME), dedica-se à prospecção, pesquisa, desenvolvimento, produção, transporte, transmissão e comercialização de hidrocarbonetos e seus derivados, incluindo importação e exportação. A empresa conta com mais de 220 trabalhadores e um capital social que ascende aos 749 milhões de meticais.