Uma fonte da petrolífera italiana assegurou à Lusa que “a Eni finalizou o Plano de Desenvolvimento, que está actualmente em discussão com os parceiros e com o Governo de Moçambique para aprovação final”. De acordo com a mesma fonte oficial, ao mesmo tempo, a Eni está a avançar com processos de aquisição, estudos de impacto ambiental, etc, incluindo contratos associados à perfuração”.
Este plano envolve a aquisição de uma segunda plataforma flutuante FNLG para a área Coral Norte, idêntica à que opera na extracção de gás desde meados de 2022, na área Coral Sul.
“A Eni está a trabalhar para o desenvolvimento do Coral Norte através de uma segunda FLNG em Moçambique, aproveitando a experiência e as lições aprendidas na Coral Sul FLNG, incluindo as relacionadas com custos e tempo de execução”, acrescentou a mesma fonte da petrolífera, operador delegado daquele consórcio.
A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma ‘joint venture’ em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.
A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participação de 10%.
Entretanto, um documento divulgado anteriormente, elaborado pela firma moçambicana Consultec para a petrolífera Eni, aponta tratar-se de um investimento de sete mil milhões de dólares, sujeito a aprovação do Governo moçambicano.
Assim, se o cronograma correr como previsto, a plataforma começará a produzir no segundo semestre de 2027, ou seja, poderá arrancar ainda antes dos projectos em terra, que dependem de implicações de segurança devido à insurgência armada em Cabo Delgado.
O escopo do projecto Coral Norte
Segundo o mesmo documento, a Coral Norte ficará estacionada dez quilómetros a norte da Coral Sul, cuja produção arrancou em Novembro, tornando-se no primeiro projecto a tirar proveito das grandes reservas da bacia do Rovuma.
O projecto FLNG Coral Norte “será uma réplica da Coral Sul”, a 50 quilómetros da costa e ligado a seis poços submarinos a 2000 metros de profundidade. A Área 4 ficará assim a produzir sete mtpa (milhões de toneladas por ano).
Ao nível do estudo preliminar, “nenhum dos impactos identificados constitui uma questão fatal”.
O estudo de pré-viabilidade ambiental refere ainda que, entre a perfuração dos poços e o arranque, o projecto deverá empregar até 1400 pessoas, mas serão sobretudo profissionais especializados estrangeiros.
Durante a fase de operação haverá até 900 empregos, com mais oportunidades para trabalhadores moçambicanos.
A Eni Rovuma Basin (ERB) é o operador delegado do projecto. A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm, cada uma, participação de 10%.
Na Área 4 foram descobertos recursos significativos de gás natural recuperáveis, incluindo o reservatório Coral Sul, onde já se encontra em operação uma fábrica flutuante de produção de gás natural liquefeito (FLNG), designada por Coral Sul.