O Banco de Exportações e Importações dos EUA (Ex-Import Bank) afirmou que continua em análise o financiamento de um projecto de gás em Moçambique. A informação foi partilhada pela CEO da instituição financeira, Reta Jo Lewis, durante o Fórum da Lei sobre Crescimento e Oportunidades para África (AGOA) na África do Sul, semana passada.
A gestora frisou que o Banco está a aumentar a sua atenção em África e nas energias limpas, aprovando o seu maior investimento em energias renováveis no continente,
No mês de Junho passado, a instituição aprovou um empréstimo directo de mais de 900 milhões de dólares para duas centrais solares em Angola, um projecto de energia limpa de grande relevo para o banco que também criará milhares de postos de trabalho nos EUA.
A agência acrescentou cerca de 1,6 mil milhões de dólares de empréstimos em África este ano, tendo alcançado uma carteira global de 7 mil milhões de dólares na região.
O interesse do banco em projectos energéticos no continente inclui uma vasta gama de investimentos, desde a energia solar ao gás. Na semana passada, Lewis também se deslocou a uma cimeira nuclear EUA-África no Gana para promover o negócio deste ramo.
“O nosso objectivo é analisar projectos que possam ser financiados. Não pensem automaticamente que um negócio é demasiado pequeno ou demasiado grande para nós”, esclareceu Lewis.
Cumprimento da promessa dos credores
O credor concedeu um empréstimo de 4,7 mil milhões de dólares em 2020, durante a administração do antigo Presidente Donald Trump, para assumir a maior parte do financiamento de um projecto de gás em Moçambique liderado pela TotalEnergies SE.
O projecto de gás foi interrompido no ano seguinte devido à ameaça dos ataques armados na província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017.
Actualmente, a Total está a planear regressar às suas actividades e Moçambique espera que as agências de crédito à exportação que estiveram envolvidas reafirmem os seus compromissos de empréstimos até ao final deste ano.