A acessibilidade do Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) em áreas residenciais de Moçambique foi o principal foco da intervenção do presidente da Galp Moçambique, Paulo Varela, na Expo GPL, realizada em Maputo nos dias 17 e 18. Varela enfatizou que tornar o GPL disponível próximo das áreas habitadas continua a ser o principal obstáculo no fornecimento deste combustível no país.
Durante o evento, que abordou investimentos em infraestruturas em África, o executivo destacou o papel ativo da Galp no mercado de combustíveis e suas ambições expansivas. “Além de Moçambique, estamos a investir em países como Namíbia, Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde. A procura por GPL deverá crescer com a oferta, com investimentos focados em regiões como Nampula, incrementando a proximidade aos nossos clientes”, elucidou Paulo Varela.
Varela reconheceu os desafios que a indústria enfrenta, salientando a necessidade de uma estratégia que combine a subsidiação do GPL para os segmentos mais vulneráveis com uma política de preços que assegure a recuperação dos investimentos.
O presidente da Galp Moçambique também destacou a importância de questões técnicas, como o controle das garrafas de GPL e a garantia de que cada empresa opere com o seu próprio modelo e válvula, aumentando a segurança e fomentando mais investimento em infra-estrutura.
“É essencial expandir a infra-estrutura de recepção e armazenagem de GPL na Zona Norte para tornar o produto mais acessível em regiões actualmente menos atendidas. O sector privado tem sido o principal motor dessas iniciativas, embora as acções do Governo também contribuam para facilitar o acesso à população mais desfavorecida”, destacou Varela.
O responsável da Galp Moçambique finalizou enfatizando o crescimento populacional em Moçambique e em África como uma oportunidade de expansão para o sector de GPL, mas lembrou que superar os desafios existentes é essencial para capitalizar nesta tendência.