A equipa técnica do FMI e as autoridades moçambicanas chegaram a acordo sobre as políticas que podem sustentar a aprovação do conselho de administração da primeira avaliação do programa de assistência financeira e levar ao desembolso de cerca de 63,8 milhões de dólares.
Na nota ontem divulgada em Washington, e citada pela Lusa, o FMI diz que “a recuperação económica continua”, prevendo um crescimento de 3,8% este ano, mas alerta para o desafio que é colocado pelo aumento dos preços internacionais dos alimentos e dos combustíveis.
O FMI aprovou em Maio o primeiro programa de assistência financeira depois do caso das “dívidas não declaradas”, abrindo caminho, desde então, para uma revisão em alta do ‘rating’ da Fitch Ratings e o regresso também do apoio orçamental directo por parte do Banco Mundial.
No comunicado divulgado e citado pela Lusa, que confirma as declarações positivas do chefe da missão do FMI em Moçambique, Álvaro Piris, a equipa técnica do FMI reconhece as dificuldades mundiais, mas salienta que o Governo tem reagido bem e de forma proactiva, o mesmo acontecendo com as medidas do banco central.
“Todas as metas quantitativas e qualitativas definidas para a primeira avaliação foram cumpridas e foi feito um bom progresso na agenda estrutural, de forma geral; para o futuro, o ambiente macroeconómico continua desafiante”, lê-se no comunicado, que conclui: “As autoridades querem continuar a implementar a sua ambiciosa agenda de reformas, incluindo a nova lei sobre o fundo soberano, a reforma dos salários da administração pública e as alterações à lei da probidade pública”.