Segundo Macuácua, as necessidades totais apontavam para oito mil milhões de meticais, mas o Fundo de Estradas só conseguiu mobilizar 457,4 milhões de meticais, o que representa um défice de 93%.
“Em 2022, eram necessários oito mil milhões de meticais para fazer face aos danos que foram provocados pela época chuvosa. Esse valor era para colocar o sector de estradas a funcionar, para fazer a manutenção das vias do País. Entretanto, com o valor mobilizado, nem pudemos manter um quilómetro de estrada. Portanto, a situação é deveras preocupante”, declarou o dirigente.
Para a presente época das chuvas, a fonte avançou que se prevê que estas possam afectar cerca de 2,5 mil quilómetros de extensão da rede viária de todo o País, e 14 pontes poderão ser atingidas também, entre outros danos na rede viária. O custo estimado para fazer face a estes estragos previstos é de três mil milhões de meticais.
Para reverter o cenário de elevados défices de financiamento, Ângelo Macuácua explicou ser necessário criar-se um fundo dedicado às obras de emergência, através do apoio dos parceiros de desenvolvimento ao Orçamento do Estado (OE), bem como o uso dos fundos de emergência disponíveis em várias janelas de financiamento.
Além disso, o PCA do Fundo de Estradas acrescentou ser necessário capacitar o pessoal técnico do sector na preparação de projectos atractivos para as várias fontes de financiamento, de forma proactiva.