Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Gás Natural Liquefeito Flutuante (FLNG) ganha impulso em 2024

A consultora especializada em energia, Wood Mackenzie, destacou o impulso que o Gás Natural Liquefeito Flutuante (FLNG) está ganhando em 2024, com projectos tanto em Moçambique quanto na região contribuindo para o aumento da produção de GNL. Segundo a Wood Mackenzie, o projecto Coral Sul FLNG em Moçambique, que já está em operação, e a potencial aprovação do Coral Norte FLNG, poderiam desbloquear mais 3,4 milhões de toneladas por ano (tpa) de GNL. Além disso, a consultora considera a Fase 1 do projecto Tortue da BP, localizado entre o Senegal e a Mauritânia, como uma virada de jogo, prevendo que poderá adicionar 2,5 milhões de tpa de GNL, elevando as exportações regionais em 20%.

Miriam Ofori, analista da Wood Mackenzie, comentou sobre o ressurgimento da exploração em águas profundas na África Subsaariana, destacando as descobertas na Bacia Orange como potenciais redutores do cenário de recursos da região nos próximos anos. Por sua vez, Jean-Jacques Fortin, CEO da TotalEnergies África, expressou o compromisso da empresa em investir no sector upstream da África Subsaariana, tanto em projectos de exploração quanto de desenvolvimento, destacando o potencial energético a longo prazo da região. A Wood Mackenzie também destacou os impactos económicos desses projectos, prevendo a criação de mais de 50.000 novos empregos nas fases de exploração, desenvolvimento e construção.

A consultora estima que o aumento da produção e das exportações de GNL poderá impulsionar as receitas do governo em até 10 bilhões de dólares anuais, por meio de royalties e impostos. Além disso, a Wood Mackenzie mencionou o impacto positivo no desenvolvimento de infra-estruturas, prevendo que os investimentos em oleodutos, instalações de processamento e terminais de exportação estimularão o desenvolvimento dessas infra-estruturas em regiões ricas em recursos.

A consultora também ressaltou as oportunidades para o conteúdo local, destacando que os governos estão priorizando políticas que criam oportunidades para empresas nacionais e prestadores de serviços participarem no sector. Em resumo, a Wood Mackenzie enfatizou que, à medida que o sector a montante da África Subsaariana traça uma trajectória emocionante, esses desenvolvimentos não apenas representam avanços energéticos, mas também prometem crescimento económico e desenvolvimento sustentável em toda a região.

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