O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) dará um passo significativo hoje, 13 de Dezembro, ao assinar o acordo que oficializa a implementação do projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, localizado na região de Tete. Este marco representa a consolidação de um processo de selecção do parceiro estratégico, que, segundo o MIREME, foi conduzido de maneira competitiva, rigorosa e transparente desde Junho de 2022.
O projecto, estimado em 4,5 mil milhões de dólares, ganhou destaque em Maio deste ano, quando o Executivo moçambicano, por meio do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), anunciou a preferência pelo consórcio liderado pela Electricidade de França (EDF). O consórcio inclui ainda a TotalEnergies, a Sumitomo Corporation e a Kansai.
A distribuição accionista do projecto será liderada pelo consórcio, que deterá 70% das acções. Os 30% restantes serão compartilhados entre as empresas estatais Electricidade de Moçambique (EDM) e Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). O consórcio, composto por quatro empresas, dividirá suas participações da seguinte forma: TotalEnergies com 30%, Electricidade de França com 40%, e Sumitomo Corporation e Kansai com 15% cada.
O acordo a ser assinado hoje representa não apenas um compromisso formal com a implementação do projeto, mas também um importante avanço na busca pela diversificação da matriz energética do país. O projecto de Mphanda Nkuwa visa impulsionar significativamente a capacidade de geração de energia eléctrica em Moçambique, contribuindo assim para o desenvolvimento económico sustentável.
O MIREME enfatiza que a escolha do consórcio liderado pela EDF foi o resultado de um processo criterioso, garantindo a participação de parceiros qualificados e comprometidos com os padrões de excelência e sustentabilidade.
Este acordo histórico fortalece as relações entre Moçambique e as empresas envolvidas no consórcio, reforçando a confiança nos investimentos estrangeiros no sector de energia. O projecto de Mphanda Nkuwa não só promete uma transformação no cenário energético do país, mas também abre novas perspectivas para parcerias internacionais voltadas para o desenvolvimento sustentável.