Quarta-feira, Abril 24, 2024
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Início das obras da barragem de Mphanda Nkuwa previsto para 2024

O director do gabinete do desenvolvimento de Mphanda-nkuwa, Carlos Yum, revelou o estágio do projecto de construção da barragem. A barragem de Mphanda Nkuwa e a respectiva infra-estrutura de transporte de energia têm previsão para o de início para 2024.

O projecto está orçado entre 4,5 e 5 mil milhões de dólares. 60% são para a construção da barragem que terá capacidade para gerar entre 1.300 e 1.500 megawatts. Os restantes 40% serão destinado à linha de transmissão de energia.

Esta quantidade de energia fará de Mpanda Nkuwa a segunda maior barragem hidroeléctrica do país. Maior que ela só a Barragem Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), que gera 2.070 megawatts.

A infraestrutura levará um total de seis a sete anos para concluir. Espera-se que o arranque decorra em 2024 com a conclusão em definitivo do financiamento. O gabinete de desenvolvimento está a preparar o lançamento de concursos públicos para a actualização dos estudos de viabilidade do projecto.

A participação accionista será do Estado Moçambicano, através da Electricidade de Moçambique [EDM] e da Hidroeléctrica de Cahora Bassa [HCB], com entre 30% e 35% de acções. Os restantes 65% serão assegurados por investidores privados. Até Dezembro deste ano, será lançado um concurso para a identificação do parceiro estratégico de investimento.

Moçambique espera assim responder ao crescente défice energético que assola a África Austral. A infra-estrutura e outros projectos de produção de energia irão ajudar as necessidades de desenvolvimento económico da região.

“Moçambique quer ser o centro energético da África Austral porque dispõe de recursos naturais para isso”, partilhou Yum.

A hidroelétrica de Mphanda Nkuwa fica situada no rio Zambeze, na província moçambicana de Tete. O projecto deverá reduzir as emissões de dióxido de carbono causadas pela energia da África do Sul, gerada principalmente por centrais a carvão.

O consórcio pretende usar 20% da energia de Mphanda Nkuwa para consumo dos moçambicanos – e exportar o resto para a África do Sul de forma a desenvolver a economia nacional.

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