O Presidente do Conselho Administrativo (PCA) da empresa, Arsénio Mabote, explica que as receitas foram influenciadas por altos preços de petróleo no mercado internacional, apesar de as vendas de gás natural, no ano em análise, terem reduzido.
“Este ano foi caracterizado por uma subida significativa dos preços dos combustíveis como resultado de restrições do fornecimento de petróleo no mercado internacional, o que impactou positivamente nas nossas receitas”, afirma o PCA em mensagem do Conselho de Administração, numa clara menção, segundo a “Carta de Moçambique”, ao impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia que dura há sete meses e sem fim à vista.
Essa receita resultou da produção e venda de 174.27 Milhões de Gigajoules (MJG) de Gás Natural e Condensado, uma redução em relação aos 179.35 MJG vendidos no ano económico de 2021.
Tal como nos relatórios anteriores, o PCA da CMH refere que um dos principais desafios é a disponibilidade de reservas provadas, para assegurar o fornecimento de gás ao abrigo dos contratos assinados.
“Durante este exercício temos vindo a investir em furos adicionais e projectos de compressão de gás, para recuperar mais gás dos reservatórios de Pande e de Temane, a fim de aumentar os respectivos volumes a serem fornecidos, por forma a cobrir a quantidade total contratada, mitigando, deste modo, o défice de reservas”, afirma o PCA da CMH em Relatório anual.
Relativamente aos impostos e contribuições, a CMH pagou um montante total de 12 milhões de USD ao Estado, dos quais 89% representam imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRPC), 9% impostos sobre rendimentos de pessoas singulares (IRPS) e 2% contribuições destinadas à segurança social (INSS).