Quarta-feira, Dezembro 11, 2024
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Mais de 13 000 reservas turísticas canceladas no Sul devido aos protestos

Mais de 13.000 reservas turísticas canceladas na província de Gaza, sul de Moçambique, devido a manifestações violentas contestando os resultados das eleições de 9 de Outubro

“Com base no trabalho realizado pelo sector, nomeadamente no bairro de Chidenguele, bem como através de contacto telefónico com as praias do Xai-Xai e Bilene, constatámos uma redução de 50% nas nossas reservas,” disse Dorcídio Mavie, técnico da Direcção de Cultura e Turismo de Gaza.

Os cancelamentos fazem parte de um pacote de 25.708 reservas para as festividades de fim de ano, o que, segundo o técnico, pode afectar o pagamento de salários nos empreendimentos turísticos.

“A perda é maior porque os nossos operadores não conseguirão pagar aos seus trabalhadores nem cobrir outras despesas como água e energia,” explicou.

O candidato presidencial Venâncio Mondlane contesta a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), que venceu as eleições de 9 de Outubro com 70,67% dos votos, de acordo com os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar com 20,32%, mas os resultados ainda não foram validados nem proclamados pelo Conselho Constitucional.

Desde 21 de Outubro, Moçambique tem registado sucessivas paralisações e manifestações convocadas por Mondlane, nas quais pelo menos 103 pessoas perderam a vida, segundo uma actualização divulgada hoje pela organização não governamental (ONG) Plataforma Eleitoral Decide.

De acordo com o relatório publicado pela plataforma de monitorização eleitoral moçambicana, apenas entre 3 e 7 de Dezembro, na fase actual das manifestações, houve 27 mortos, incluindo 10 em Gaza, oito em Nampula e três em Cabo Delgado.

Anteriormente, a ONG também contabilizara pelo menos 274 pessoas baleadas durante as manifestações e paralisações que contestam os resultados das eleições desde 21 de Outubro, além de 3.450 detidos.

Venâncio Mondlane anunciou que os protestos continuariam até que a “verdade eleitoral” fosse restabelecida. (Club Of Mozambique)

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