De acordo com a vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, que falava recentemente num evento realizado em Maputo, destinado a discutir a supervisão bancária em Moçambique, o BSA vai melhorar o funcionamento do sector segurador moçambicano.
“Embora o BSA tenha sido concebido para a supervisão bancária, as suas funções podem ser aplicadas no mercado segurador, oferecendo várias vantagens e benefícios importantes”, disse Louveira.
Em 2022, Moçambique foi colocado na “lista cinzenta” do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) por apresentar fragilidades no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.
A adesão de Moçambique ao BSA é possivelmente uma das medidas tomadas pelo governo para retirar o país da “lista cinzenta”, depois de o Ministério da Economia e Finanças ter apresentado ao GAFI, em março do corrente ano, a primeira avaliação dos passos dados para sair da lista.
O sistema em questão, disse Louveira, melhora a análise de dados avançados e fornece monitorização em tempo real e partilha segura de informação. Melhora também a gestão de riscos e crises e responde a situações de emergência.
O ISSM, explicou o Vice-Ministro, aderiu ao Bank Supervision Application no contexto da melhoria e modernização dos sistemas de informação no sector dos seguros.
Por sua vez, a Presidente do ISSM, Ester dos Santos José, disse que a adesão ao BSA é relevante porque vai melhorar a comunicação e a partilha de informação entre o regulador e as entidades supervisionadas.
“É um sistema web para monitorizar e supervisionar as instituições bancárias mas com aplicações no sector dos seguros”, disse.
Benedita Guimino, administradora para a Estabilidade Financeira do Banco de Moçambique, explicou que o BSA foi criado em 2003 como uma iniciativa colectiva de dez bancos centrais da África Austral e Oriental, com o objetivo de harmonizar as funções das entidades reguladoras e garantir a segurança e solidez das suas operações.