Moçambique deu um passo importante na luta contra as mudanças climáticas ao criar uma Unidade de Financiamento Climático, dirigida por Albano Manjate, recentemente nomeado pelo ministro da Economia e Finanças, Max Tonela.
De acordo com uma publicação do Further Africa, a decisão segue um decreto presidencial aprovado em Fevereiro, que confere ao Ministério da Economia e Finanças a responsabilidade de supervisionar as finanças relacionadas com o clima e estabelecer esta unidade especializada.
“Manjate, que anteriormente actuou como director nacional adjunto para a Monitorização e Avaliação, é conhecido pela sua experiência como ponto focal de Moçambique para o Fundo Verde para o Clima. Essa experiência torna-o uma escolha natural para liderar a unidade, onde se espera que impulsione os esforços do país na mobilização de recursos financeiros destinados à ação climática”, lê-se na publicação.
A criação desta nova estrutura, aprovada por um Comité Interministerial para a Reforma da Administração Pública no início deste ano, tem como objectivo principal coordenar e reforçar a resposta de Moçambique às alterações climáticas. A unidade será responsável pela gestão e garantia de recursos financeiros dedicados a iniciativas climáticas, uma medida essencial diante dos desafios económicos impostos pela crise climática global.
Em 2022, Moçambique aderiu à Coligação de Ministros das Finanças para a Ação Climática, que realizou a sua primeira reunião regional em Uganda, em Julho de 2024. Esta coligação visa incorporar considerações climáticas nas políticas económicas e financeiras, promovendo esforços de colaboração entre os países membros.