Com sede em Casablanca, Marrocos, a plataforma Africa50 foi criada pelo Banco Africano de Desenvolvimento e Estados africanos com o objetivo de apoiar e facilitar o desenvolvimento de projetos de infraestrutura no continente, mobilizando financiamento do setor público e privado.
A vontade de aderir a este mecanismo de financiamento foi expressa por uma fonte do Ministério da Economia e Finanças citado pelo Diário Económico, explicando que, num contexto de restrições fiscais e lacunas infraestruturais que persistem no país, o Africa50 pode ser uma opção adequada para enfrentar os desafios de desenvolvimento do país.
Segundo a fonte, a entrada de Moçambique nesta plataforma vai permitir ao país rentabilizar os activos de infra-estruturas existentes através da sua transferência para o sector privado, com os fundos recebidos a serem reinvestidos noutros projectos prioritários.
Atualmente, a base de investidores do Africa50 é composta por 30 países africanos, dois bancos centrais africanos e o Banco Africano de Desenvolvimento, que também é o gestor.
Moçambique pretende aproveitar esta oportunidade para obter retorno financeiro do seu investimento, uma vez que a plataforma está fortemente empenhada em avançar e cumprir os princípios orientadores do combate às alterações climáticas, alinhados com as prioridades da transição energética no país.
O país precisa continuar melhorando a oferta de infraestrutura e para isso tem que manter altas taxas de crescimento econômico, reduzir a pobreza e tornar o desenvolvimento sustentável.
A fonte referiu que um dos maiores desafios que Moçambique deverá enfrentar é a fraca capacidade de desenvolver infra-estruturas adequadas, sobretudo nas zonas rurais, sendo que a maior razão para este défice é o acesso limitado a soluções de financiamento adequadas.
Acredita-se que o financiamento de iniciativas do setor privado pode estimular o crescimento econômico por meio do aumento da produção, criação de empresas e geração de receitas fiscais.