Este valor das exportações de bens e serviços representa uma quota de 5 por cento do total das exportações portuguesas, a maior parte das quais para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Neste grupo de países, o crescimento foi ainda mais significativo, segundo o responsável da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Filipe Santos Costa, numa intervenção no segundo e último dia do Fórum EurAfricano, que decorre em Carcavelos.
No ano passado, as exportações para a África lusófona aumentaram 45,8 por cento face a 2021, para 3,7 mil milhões de euros, representando 3,1% do total das exportações portuguesas e 61 por cento das vendas de bens e serviços para o continente africano.
Marrocos, Angola e Moçambique são o principal destino das exportações, enquanto no investimento é Cabo Verde que se junta aos dois países lusófonos como principais destinos.
Estes números mostram, disse Filipe Santos Costa, que “as empresas portuguesas têm tido sucesso” e estão sempre a procurar aumentar a sua presença em África, não só como mercado, mas criando uma filial ou procurando parcerias e novas oportunidades de investimento.
Em 2022, por exemplo, cerca de cinco mil empresas portuguesas exportaram para Angola, e muitas estão lá instaladas há muito tempo, sublinhou, referindo que não é por acaso que “muitas empresas estrangeiras, mesmo americanas ou chinesas, se associaram a empresas portuguesas” quando entraram naquele ou noutros países de África.