Moçambique conta desde esta segunda-feira (16) com uma unidade fabril para a produção e tijoleira e azulejos, construída de raiz, Fábrica Safira Moçambique Cerâmica Lda, uma das maiores de África e que foi inaugurada pelo Chefe de Estado, Filipe Nyusi, localizada no distrito de Moamba, província de Maputo.
Trata-se de uma empresa pioneira no país neste ramo de actividade fruto de um investimento no valor de 140 milhões de dólares. A fábrica, cujas obras de construção começaram no ano passado, tem capacidade para produzir 400 desenhos e 34 dimensões diferentes.
Segundo o chefe do Estado, a fábrica conta com uma tecnologia moderna e representa igualmente a capacidade de materialização de empreendimentos complexos no país.
A unidade industrial cabe perfeitamente na lógica da promoção da adição de valor dos recursos com a transformação industrial no país, também é fruto da diplomacia económica do governo moçambicano.
A Safira Moçambique promove o desenvolvimento de cadeia de valor, que não só propicia a possibilidade de colocar produtos no segmento deletado com alto valor, mas, acima de tudo, uma transição progressiva da importação deste tipo de material para uma situação de autonomia produtiva nacional.
“Este empreendimento simboliza um ganho acrescido para o país e para a população de Moamba. Vamos sentir isso ao longo dos tempos, pois agora como estamos a iniciar Moamba ainda não sente o impacto, mas vai gravitar muito o desenvolvimento”, referiu.
“E desde modo o emprego para os jovens, sem dizer que dos 1.100 que se candidataram, por volta de 300 são jovens daqui e poderiam ter sido mais, porque foram lentos em decidir para trabalhar aqui. E nessa altura, como agora o mercado é muito competitivo vieram jovens das outras zonas e viabilizaram o projecto”, acrescentou Nyusi.
Nyusi referiu que o empreendimento é um ponto de partida para a diversificação da economia e das exportações à substituição de importações e apontou como problema a consolidação da cadeia de valores que contribui para o emprego e criação de renda para jovens, particularmente de mulheres, nas zonas rurais.
O governante disse que com a fábrica estão em presença de um empreendimento que transforma a matéria-prima local, “nomeadamente o calcário, que temos muito, a argila que aqui só de levantar o que se pisa é argila, o ferro de espato, areia sílica, caulim, bentonite, entre outros”.
Permite o fabrico de produtos com maior valor de mercado, como azulejos e mosaicos, que até a esta data representava a fuga de recursos a favor de indústrias do exterior.
Já o ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, disse que a sua implementação efectiva permitirá ao país alcançar resultados expressos no crescimento da produção índice produtividade, emprego, substituição das importações e melhoria da balança comercial, uma vez que a médio e a longo prazo irá permitir a redução anual na importação de cerca de 12,7 milhões de dólares americanos.
Ademais, com a entrada em funcionamento desta indústria Mocambique vai melhorar o índice do processo da industrialização em curso no país, pelo que, o governo recomenda a administração da empresa a explorar de forma justa as vantagens competitivas e garantir a qualidade dos produtos em benefício último dos consumidores dos mercados nacional e regional.