Segunda-feira, Setembro 16, 2024
spot_img

Moçambique na Cimeira do Novo Pacto de Financiamento Global

O principal objectivo do evento é o estabelecimento e aprovação de um novo Acordo Financeiro Global, proposto pelo governo francês. A cimeira intitula-se: “Cúpula de Paris para um Novo Pacto de Financiamento Global”.

O objectivo desta cúpula é enfrentar simultaneamente os desafios da mudança climática, proteção da biodiversidade e luta contra a desigualdade, a fim de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Adriano Maleiane vai falar num dos seis painéis da cimeira relativos à dívida dos países em desenvolvimento, para além de realizar algumas reuniões à margem deste evento.

A cimeira é co-organizada pela França e Índia, sendo que esta última detém, este ano, a presidência do Grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mundo (G20). O secretário-geral das Nações Unidas também vai participar deste encontro na capital francesa.

Também estarão presentes Olaf Scholz, Chanceler da Alemanha; Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia; e Mia Mottley, primeira-ministra de Barbados. Este último lidera a Iniciativa Bridgetown, destinada a facilitar o acesso ao financiamento internacional para os países mais vulneráveis ​​às mudanças climáticas.

Desenvolvimento Humano na agenda

A cimeira ocorre num contexto internacional único. É que em 2022, as Nações Unidas observaram uma reversão do desenvolvimento humano em nove entre dez países em todo o mundo, originada, principalmente, por uma diminuição na expectativa de vida e aumento da pobreza.

A pandemia da COVID-19 e o conflito na Ucrânia, com as suas consequências, reduziram, significativamente, o rendimento de muitos países, afectando a sua capacidade de financiar o acesso das suas populações aos serviços sociais básicos.

Os países do Sul Global, que poluem menos que o resto do mundo, são os mais ameaçados pela crise climática. Em 2022, os desastres naturais custaram mais de 300 milhões dólares, um enorme fardo em suas economias.

Como resultado, a “grande divisão financeira” continua a aumentar, deixando os países do Sul Global mais sensíveis a choques.

Os países em desenvolvimento carecem dos recursos urgentemente necessários para investir na recuperação, na acção climática e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Essa situação os deixa ainda mais atrasados ​​no caso da próxima crise e ainda menos propensos a se beneficiar de futuras transições, incluindo a verde

Todos estes factos estarão na mesa de dabates, na iniciativa de se encontrar fórmulas capazes de reverter o cenário e garantir a sustentabilidade dos países e suas populações.

 

 

Entrevistas Relacionadas

Omar Mithá lidera o Conselho Consultivo de Investimento do Fundo Soberano

Omar Mithá, actual PCA do Banco Nacional de Investimentos...

Moçambique recebe parte dos USD 50 mil milhões disponibilizados pela China para África

Moçambique esta na lista dos 54 países de África...

Novo corrector de bolsa vem dinamizar o mercado de capitais em Moçambique

O Mercado de Capitais em Moçambique já conta com...

Moçambique destaca-se com aumento significativo nas reservas cambiais em África

Moçambique está entre os dez países africanos com maior...