Terça-feira, Julho 15, 2025
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Moçambique partilha perspectivas económicas com investidores do sistema financeiro

A economia moçambicana está numa trajectória firme de recuperação e prevê-se que o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) acelere para 7 por cento em 2023, contra 4,1 por cento em 2022, frisando que esta tendência de crescimento continuará no curto prazo, com uma média de 5 a 7 por cento entre 2024e 2025.

A informação foi partilhada por Enilde Sarmento, directora Nacional de Estudos e Políticas de Desenvolvimento no Ministério de Economia e Finanças, aquando de um encontro com investidores do sistema financeiro moçambicano, em Marrakesh, capital de Marrocos.

Em termos de inflação, Sarmento explicou que as expectativas “estão bem ancoradas e prevê-se que atinjam 8 por cento em 2023, contra 10,3 por cento em 2022, e que atinjam 6% em 2024”.

A fonte destacou um ambiente de taxas de câmbio estáveis, potenciais descidas dos preços internacionais dos produtos de base (principalmente dos combustíveis) e políticas monetárias eficazes contribuem para esta tendência descendente, como os princiapais factores dessa tendência.

Em termos macrofiscais, Sarmento frisou o facto de o Governo de Moçambique continuar a implementar medidas de política tributária com vista ao alargamento da base tributária, consolidação da implantação do diploma sobre os preços de referência do produto mineiro e outras medidas que visam a prossecução do objectivo de consolidação fiscal.

Partilhou também números sobre a sustentabilidade da dívida pública tendo dito que em 2022 a dívida do Governo Central esteve situada em  14.4 mil milhões de dólares, tendo a dívida interna atingido 4,4 mil milhões, representando um peso de 30 por cento do total.

Já Silvina de Abreu, administradora do Banco Central, destacou que o país está a tentar manter uma inflação baixa e estável. Para tal, o Banco de Moçambique está a gerir eficazmente o seu principal instrumento de política monetária, a taxa de juro denominada MIMO, que se situa, agora, aos 17,25 por cento.

Sublinhou ainda ao facto de a taxa de câmbio ser estável, num contexto em que a cobertura das importações de bens e serviços, excluindo megaprojectos, é de cerca de quatro meses.

Adicionalmente fez saber que o défice da balança corrente melhorou para 78 por cento no passado mês de Junho, face ao mesmo período de 2022, impulsionado essencialmente pelo desempenho positivo da balança comercial de bens e serviços.

Moçambique participa desde o dia 9 a 15 de Outubro das reuniões Anuais do Grupo Banco Mundial (GBM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) na capital marroquina, numa delagação chefiada pelo Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.

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