Moçambique apresentou um avanço significativo no Índice Global de Cibersegurança (GCI) da União Internacional de Telecomunicações (ITU), ao passar de um índice de 0.242 em 2020 para 0.661 em 2024, o que representa um crescimento de 173%. Com esse resultado, o país mantém a terceira posição entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e ocupa o oitavo lugar na Região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Entre os países com comparativos semelhantes, apenas a Guiné-Bissau apresentou um recuo no índice GCI, passando de 0.099 para 0.064. Em contrapartida, a Guiné Equatorial destacou-se como o país com maior crescimento percentual, com um aumento de 1642%, ao passar de 0.015 para 0.204, ainda que o índice permaneça relativamente modesto.
O destaque global dentro da região africana foi para as Maurícias, que alcançaram o índice máximo (1), após anos de investimento contínuo em cibersegurança, consolidando sua posição com uma trajetória de crescimento constante: 0.588 (2015), 0.83 (2017), 0.88 (2018), 0.969 (2020) até alcançar o nível máximo em 2024.
Para Moçambique, o pilar de Cooperação foi especialmente relevante para o progresso, aumentando de 0 para 15.68 (em uma escala onde a pontuação máxima é 20). Este avanço deve-se, em grande parte, à implementação de políticas e estratégias de segurança cibernética, à criação do CSIRT Nacional e ao fortalecimento da cooperação com organismos internacionais, além da adoção de regulamentações internacionais. Essas medidas foram decisivas para o desempenho notável de Moçambique no Índice Global de Cibersegurança nos últimos quatro anos.