Em uma cerimónia para assinatura dos acordos de parceria para implementação do projecto Mpanda Nkuwa, autoridades governamentais, reuniram-se para lançar as bases de um projecto ambicioso voltado ao desenvolvimento sustentável de energia renovável em Moçambique. O secretária do Estado da Franca para o Desenvolvimento, Chrysoula Zacharopoulou, que recentemente esteve em Dubai discutindo questões climáticas, ressaltou a importância do compromisso global em enfrentar as mudanças climáticas.
Num discurso inspirador, Chrysoula Zacharopoulou, recordou a necessidade de apoiar nações que, embora sejam cruciais na produção de gás e reservas, possuem recursos nacionais limitados para financiar acções climáticas significativas.
A França, ao lado da União Europeia, tem se destacado como uma das principais defensoras da causa climática, representando mais de 10% dos esforços globais na área de financiamento climático. Essa contribuição torna-se ainda mais significativa quando se considera que a nação francesa representa menos de 3% das emissões históricas de gases de efeito estufa.
As acções práticas desse comprometimento são evidentes em projectos anteriores, nos quais a França investiu substancialmente em Moçambique. A recuperação das capacidades de produção de energia renovável, atingindo a marca de 2.400 megawatts, é uma realização notável. Projectos como o Centro Solar e Aéreo, a reabilitação da barragem hidroeléctrica de Cahora Bassa e a construção da 2ª Central Solar do país, destacando a colaboração franco-moçambicana em prol de soluções inovadoras e sustentáveis.
A actual parceria para liderar os projectos estratégicos de energia renovável, promete ampliar os horizontes de Moçambique no sector energético. A EDF, juntamente com a Sumitomo Corporation e outros parceiros, estão comprometidos em desempenhar um papel fundamental na execução do projecto Mphanda Nkuwa, que visa elevar substancialmente a capacidade de geração de energia e proporcionar electricidade a todos os moçambicanos até 2030.
O projecto, entretanto, está na fase inicial, serão necessários estudos detalhados e a mobilização de recursos financeiros significativos. Neste contexto, a França busca apoio de financiadores institucionais, incluindo a Equipe Europa, a China e a União Europeia. A promessa de sucesso nesse empreendimento reforça a visão estratégica, não apenas para Moçambique, mas também para o fortalecimento do eixo euro-africano.
Esse projecto representa não apenas um esforço para enfrentar a crise climática actual, mas um passo significativo em direcção ao desenvolvimento, visando o progresso do planeta na totalidade.