Sábado, Julho 19, 2025
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‘Prime rate’ moçambicana mantém-se em 15,9% no mês de setembro

Edifício sede do Banco de Moçambique
Banco de Moçambique

A taxa de juro de referência a vigorar no mês de setembro vai manter-se em 15,9%. Esta informação foi avançada pela associação de bancos e o banco central.

Desde abril, altura em que chegou a 18,4%, a taxa recuou 250 pontos base até 15,9%, valor fixado em 01 de agosto. A criação da ‘prime rate’ foi acordada entre o banco central e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) em 2017 para eliminar a proliferação de taxas de referência no custo do dinheiro.

O objetivo é que todas as operações de crédito sejam baseadas numa taxa única, “acrescida de uma margem (‘spread’), que será adicionada ou subtraída à ‘prime rate’ mediante a análise de risco” de cada contrato, explicam os promotores.

Desafios sobre a competitividade

A Associação Industrial de Moçambique (AIMO) vai apresentar um webinar na quinta-feira, 3 de setembro, para discutir os desafios de competitividade de Moçambique.

Este evento online faz parte de uma série de eventos que conduz ao Fórum Industrial e Exposição MOZINDUS Moçambique que terá lugar ainda este ano.

O Webinar Abordará tópicos importantes relacionados à indústria, especificamente o ambiente de negócios e facilitação do comércio; certificação de qualidade de produtos, bens e serviços; bem como novas tecnologias e inovação.

Para mais informações visite: https://mozindus.co.mz/

BCI disponibiliza 33 milhões de meticais para iniciativas juvenis

Através de uma parceria que se vai, fundamentalmente, materializar na oferta de soluções de financiamento, por parte do BCI, para projectos de geração de renda de jovens. Com esta ferramenta, cuja linha de crédito é de 33 milhões de meticais, pretende-se alavancar a inserção juvenil no desenvolvimento do país.

A Secretaria do Estado da Juventude e Emprego (SEJE) e o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) assinaram recentemente em Quelimane, província da Zambézia, o Memorando de Entendimento para a concepção e gestão de soluções de crédito no âmbito do Fundo de Apoio a Iniciativas Juvenis (FAIJ).

Rubricados pelo director geral do Instituto Nacional da Juventude (INJ), Johane Muabsa, e pelo administrador do BCI, Mukhtar Abdulcarimo, os documentos selam uma parceria que se vai, fundamentalmente, materializar na oferta de soluções de financiamento, por parte do BCI, para projectos de geração de renda de jovens. Com esta ferramenta, cuja linha de crédito é de 33 milhões de meticais, pretende-se alavancar a inserção juvenil no desenvolvimento do país.

Ao abrigo do protocolo, compete ao BCI conceber soluções de produtos e serviços com condições especiais para os beneficiários interessados em aderir à iniciativa por via de financiamento; contribuir na divulgação da iniciativa pelos beneficiários elegíveis, apoiando na análise dos projectos e elegibilidade ao financiamento; e celebrar contratos de crédito com os jovens beneficiários, gerindo os recursos do FAIJ, bem como a respectiva carteira de crédito.

O Banco vai ainda prestar assistência técnica ao INJ, mantendo-se o regularmente informado sobre as iniciativas comerciais dirigidas aos Jovens; e em conjunto, realizar sessões de formação e capacitação sobre matérias ligadas à educação financeira e empreendedorismo.

Para este ano, a iniciativa abrange 20 distritos pré-seleccionados das províncias de Cabo-Delegado, Nampula, Zambézia e Sofala, com perspectiva de se tornar mais abrangente nos próximos anos.

Administrador do Parque Nacional da Gorongosa é condecorado com o prémio KENTON R. MILLER 2020

O Administrador do Parque Nacional da Gorongosa, Pedro Estêvão Muagura, foi recentemente condecorado com o prémio Kenton R.Miller para Inovação em Parques Nacionais e Sustentabilidade de Áreas Protegidas. O prémio foi atribuído pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e pela Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA).

Confrontado com o dilema da perda de biodiversidade, Pedro Muagura teve a ideia de cultivar café nas encostas das montanhas desmatadas. Ele propôs que o café pudesse ser cultivado à sombra, sob árvores nativas replantadas, dando uma renda à população local e, ao mesmo tempo, restaurando a floresta.

Muagura trabalhou em colaboração com a comunidade para entender as suas necessidades e demonstrar que os benefícios da restauração superariam os ganhos de curto prazo da agricultura de corte e queimada. Ele também teve que entender e envolver-se com os papéis de género, garantindo que as mulheres tivessem autonomia para contribuir com os viveiros de mudas e árvores recém-plantadas.

Graças a este trabalho desenvolvido, a população da Serra da Gorongosa hoje planta cerca de 200.000 árvores de café por ano, juntamente com 50.000 árvores da floresta tropical. Os esforços do Pedro Muagura promoveram o uso sustentável da terra, o desenvolvimento comunitário e a conservação da biodiversidade na região.

O prémio Kenton R. Miller homenageia indivíduos que garantem a sustentabilidade a longo prazo destes locais protegidos, desenvolvendo e aplicando políticas inovadoras, conhecimento científico, tecnologias, práticas de campo ou modelos de governança.

As áreas de conservação em Moçambique ocupam pouco mais de 18 milhões de hectares, que correspondem a cerca de 25 por cento do território nacional e é formada por 7 parques e 7 reservas nacionais, uma área de protecção ambiental, cerca de 50 fazendas do bravio e cerca de 40 coutadas oficiais entre comunitárias e privadas.

Concurso de pesquisa de hidrocarbonetos poderá ser lançado até finais deste ano

Carlos Zacarias, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo afirmou ter havido uma alteração na previsão do lançamento do 6º concurso de prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos no país.

Numa entrevista dada ao jornal “O País”, Carlos Zacarias apontou o trabalho de pré-lançamento, a subida dos preços do petróleo e, em parte a COVID-19 como factores que causaram a mudança do cronograma do concurso.

A subida do preço do petróleo causou paragem em diversos trabalhos de pesquisa nesta área, e, a COVID-19 influenciou apenas com a limitação de mobilidade das pessoas. Ainda assim, Zacarias alerta que o cenário de pandemia, não foi um dos motivos mais proeminentes. O PCA do INP adiantou que as áreas identificadas para pesquisa e prospecção de hidrocarbonetos estarão distribuídas pelas três regiões do país – Norte, Centro e Sul.

Sobre o actual estágio do processo, Zacarias informa que no momento estão a decorrer trabalhos para definição dos critérios de elegibilidade para o concurso de pesquisa e prospecção de hidrocarbonetos. E, mesmo com o atraso, espera-se que a conclusão deste processo inicie a partir do fim deste ano.

Carlos Zacarias falava à margem da cerimónia de doação de 40.000 máscaras, feita pela empresa chinesa CNPC ao Instituto Nacional do Petróleo.

Standard Bank aumenta lucros para 2,8 mil milhões de meticais no primeiro semestre deste ano

O lucro do Standard Bank em Moçambique ultrapassou 2,8 mil milhões de meticais no primeiro semestre deste ano, referem as demonstrações financeiras do banco divulgadas recentemente.

O resultado líquido do Standard Bank entre janeiro e junho representa uma subida de cerca de 300 milhões de meticais em comparação com o período homólogo de 2019.

No primeiro semestre do ano passado, aquela instituição financeira conheceu lucros de cerca de 2,5 mil milhões de meticais. O relatório financeiro divulgado recentemente indica ainda que o banco averbou resultados operacionais de cerca de sete mil milhões de meticais no primeiro semestre face a pouco mais de 6,2 mil milhões de meticais.

Até junho, o total de ativos do Standard Bank ultrapassava 129 mil milhões de meticais contra 118 mil milhões de meticais no período homólogo de 2019.

Moçambique será o único país da África Austral a crescer em 2020

A informação foi avançada pela Consultora Fitch Solutions, estimando que, apesar dos efeitos negativos da pandemia e da descida dos preços das matérias-primas, Moçambique registará, este ano, um crescimento de 0,2%.

À semelhança do que já havia sido avançado também pelo FMI, em junho deste ano, a consultora Fitch Solutions considerou, recentemente, que Moçambique conseguirá evitar uma recessão este ano. Será o único país da África Austral a conseguir crescer. “A Fitch Solutions antecipa que a África Austral seja a sub-região africana com o mais fraco desempenho económico na África subsaariana, quer em 2020, quer em 2021”, lê-se numa nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.

No relatório, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings estimam um crescimento de 0,2% este ano em Moçambique, o único país que vai conseguir evitar um crescimento negativo devido aos efeitos da pandemia da covid-19 e à descida dos preços das matérias-primas, nomeadamente o petróleo.

Os analistas dizem que o crescimento de 0,2% antecipado para este ano é, ainda assim, “o mais baixo das últimas três décadas” e argumentam que a quebra de 3,3% no segundo trimestre deste ano deverá ser compensado com a actividade no segundo semestre, com o levantamento das medidas de distanciamento social.

Moçambique e Total assinam pacto de proteção para o projecto de GNL

A gigante francesa Total e o governo de Moçambique assinaram um pacto de segurança para garantir a segurança do projeto Mozambique LNG de $ 20 bilhões que está sendo desenvolvido na província de Cabo Delgado, ao norte do país.

De acordo com o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, o pacto de segurança “reforça medidas de segurança e se esforça para criar um ambiente operacional seguro para parceiros como a Total que permite o seu investimento contínuo na indústria moçambicana”.

A Total tomou a decisão final de investimento de 20 bilhões de dólares em 2019 e pretende entregar o primeiro gás até 2024. No mês passado, a empresa conseguiu 16 bilhões dólares em financiamento para o projecto, apesar das difíceis condições de mercado em meio à pandemia da COVID-19 e aos baixos preços do petróleo.

O projecto compreende o desenvolvimento de campos de gás na concessão Offshore da Área 1, compreendendo os campos de Golfinho e Atum. O plano de desenvolvimento também inclui a construção de uma planta de liquefação com capacidade de 13,1 milhões de toneladas por ano

África pode perder quase 240 mil milhões de dólares neste e no próximo ano

O economista-chefe do Banco Africano de Desenvolvimento considerou que África pode perder quase 240 mil milhões de dólares neste e no próximo ano devido à pandemia, que torna provável uma crise da dívida.

“As perdas cumulativas no Produto Interno Bruto no continente podem oscilar entre os 173,1 mil milhões de dólares e os 236,7 mil milhões de dólares em 2020 e 2021, e a pandemia da covid-19 ameaça aumentar o fardo da dívida dos países de 60 para 70% do PIB, aumentando a probabilidade de uma crise da dívida soberana”, escreve Charles Leyeka Lufumpa.

Numa nota que a Lusa teve acesso, divulgada recentemente em que o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) realiza os seus Encontros Anuais, lê-se que “o financiamento adicional necessário para acomodar as consequências da crise pode chegar aos 150 mil milhões de dólares.

África “precisa de respostas políticas robustas em todos os países”, defende o economista, que é também o vice-presidente do BAD para a Governação Económica e Gestão do Conhecimento. O continente, salientou, “deve dar prioridade à despesa em saúde para garantir equipamento e materiais de proteção pessoal essencial, à aceleração da produção local de materiais médicos e descoberta de vacinas e medicamentos”.

Em África, há mais de 28 mil mortos confirmados em cerca de 1,2 milhões de infectados pelo novo coronavírus em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente Africano.