Wednesday, October 29, 2025
spot_img

Octávia Nobre: “Clube de Petróleo lança-se para atender toda a cadeia da indústria, do upstream ao downstream”

Profile Mozambique: Como descreve a missão e a visão do Clube de Petróleo, e por que decidiram lançá-lo em Moçambique neste momento? 

Octávia Nobre: O Clube de Petróleo surge como uma plataforma pensada para unir pessoas, empresas e instituições em torno de um mesmo objectivo, fortalecer o nosso sector de petróleo, gás e energia. Decidimos lançá-lo agora porque acreditamos que este é o momento certo para Moçambique dar um salto em frente, temos os recursos, o talento e as condições para assumir um papel de destaque neste mercado.

A nossa visão é clara, queremos criar um espaço dinâmico, onde engenheiros, gestores, decisores e investidores possam dialogar, partilhar ideias e encontrar soluções que tornem o sector mais eficiente, inovador e sustentável. O Clube nasce para ser esse ponto de encontro, onde se pensa o futuro da energia em Moçambique com seriedade, mas também com ambição.

A missão que nos guia é oferecer soluções práticas e inovadoras que ajudem as empresas a melhorar a sua gestão e a tornarem-se mais competitivas, ao mesmo tempo que promovemos uma transição energética justa e responsável. Estamos a introduzir ferramentas modernas, como o nosso Sistema Integrado de Gestão e Análise de Risco (SIGRA), que vai ajudar a alinhar práticas de governação, sustentabilidade e eficiência operacional em todo o sector.

Este lançamento é apenas o primeiro passo. Queremos que o Clube de Petróleo seja um espaço de formação, de debate e de criação de oportunidades, um verdadeiro motor de conhecimento e desenvolvimento.

PM: Em termos de evento de lançamento, quais os principais objectivos comerciais que pretendem atingir, networking, captação de patrocinadores, membros, visibilidade institucional? 

ON: O nosso principal objectivo com o evento de lançamento é criar um verdadeiro ponto de encontro entre os diferentes intervenientes do sector do petróleo, gás e energia. Queremos juntar especialistas, investidores, instituições públicas e privadas, e todos os que, de uma forma ou de outra, fazem parte desta cadeia de valor, para debatermos, alinharmos ideias e impulsionarmos novas acções conjuntas.

O Clube de Petróleo surgiu há cerca de dois anos e, nesta fase, queremos afirmar a nossa presença no mercado, mostrando que somos uma plataforma sólida, com visão e propósito. O evento é, portanto, uma oportunidade para reforçarmos a nossa visibilidade institucional, angariar membros, atrair patrocinadores estratégicos e, acima de tudo, promover networking qualificado, que permita gerar parcerias reais e produtivas.

Durante o lançamento, vamos apresentar oficialmente o conceito do Clube, explicar o seu funcionamento e os eixos principais do nosso trabalho. Teremos um espaço onde os participantes poderão escolher áreas de interesse, desde energia e sustentabilidade, inovação tecnológica, políticas públicas até à formação e capacitação profissional. Queremos que cada participante encontre o seu lugar neste ecossistema.

Coordenadora do Clube de Petróleo, Octávia Nobre.

Vamos também ter um debate com convidados que vão abordar os desafios actuais da transição energética justa em Moçambique, explorando temas como energias renováveis, sustentabilidade ambiental e inclusão das comunidades vulneráveis. Outro momento alto será o painel sobre o Método Integrado de Gestão de Risco (SIGRA), onde vamos apresentar o nosso protótipo e explicar como esta ferramenta pode ajudar empresas e instituições a fortalecerem a sua actuação no sector.

E, claro, um dos pontos mais esperados será o anúncio da Conferência Internacional de Energia Justa e Sustentabilidade, prevista para Maio de 2026, que será o grande palco de discussão e inovação sobre o futuro energético de Moçambique. Teremos ainda um leilão simbólico de lugares exclusivos para esta conferência, uma forma criativa de garantir o compromisso dos principais stakeholders desde já.

PM: Como será estruturado o modelo de adesão ao clube, categorias de membros, quotas, benefícios exclusivos, participação em comités temáticos? 

ON: O Clube foi criado para ser uma plataforma inclusiva e dinâmica que promove o crescimento profissional, o diálogo técnico e a inovação no sector de petróleo, gás e energia em Moçambique.

O modelo de adesão é aberto a empresas privadas, instituições públicas, associações e profissionais individuais, com quotas anuais e pacotes personalizados disponíveis através do site oficial do Clube.

Os membros terão acesso exclusivo a workshops, formações, debates, programas de capacitação e oportunidades de networking com líderes do sector, além da possibilidade de integrar comités temáticos sobre energia sustentável, políticas públicas, inovação e responsabilidade social.

Por outro lado, assumimos como objectivo central formar profissionais qualificados, promover competências técnicas e incentivar projectos científicos e tecnológicos que conciliem desenvolvimento económico com responsabilidade ambiental e social.

Em linhas gerais, mais do que um espaço de encontros, o Clube de Petróleo nasce como uma comunidade estratégica de conhecimento e cooperação, posicionando Moçambique como referência regional em transição energética e sustentabilidade.

Inscreva-se no seguinte link: www.clubedepetroleo.co.mz/inscricao

Saiba mais sobre o Clube de Petroleo aqui: www.clubedepetróleo.co.mz

Noticias Relacionadas

Henrique Bettencourt: “CFAO Mobility investe 10 milhões de dólares para reforçar presença no país”

Profile Mozambique: Como caracteriza o percurso da CFAO Mobility...

Lourino Chemane: “A ética empresarial é essencial para a confiança dos investidores e a reputação do país”

Lourino Chemane, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do...

Tiago Martins: “Transtrevo expande operações para três continentes e reforça presença em Moçambique e Angola”

Profile Mozambique: Poderia começar por contar-nos, brevemente, a história...

Charles Chadali:“No Projecto DIGI, capacitamos jovens e comunidades para liderar a inclusão digital”

Profile Mozambique: O Projecto DIGI tem sido apontado como...