Para o governante, a mobilidade dos engenheiros no espaço deste grupo de países sugere “uma nova era nas relações a nível dos PALOP’s, que pressupõe a remoção de barreiras fronteiriças na partilha dos conhecimentos sobre a engenharia.
Moreno considera que Moçambique está a enfrentar enormes desafios que colocam em cheque as suas infraestruturas, que como solução, é mais do que na hora os engenheiros moçambicanos melhorarem as suas capcidades profissionais.
Entre os desafios por serem superados, o dirigente elencou os impactos das mudanças climáticas que têm arrasado, ciclicamente, o país, bem como a descoberta de hidrocarbonetos, que requerem robustez técnica na edificação das infraestruturas.
“No caso particular da vulnerabilidade do país às mudanças climáticas, o Governo tem a consciência plena de que este factor, não sendo passageiro, deve ser usado para criar soluções inovadoras que permitam a criação de infraestruturas resistentes para não defraudar o sonho dos Moçambicanos de vencer a probreza”, afirmou Moreno, acrescentando que as soluções sobre este desafios devem privilegiar às populações residentes nas zonas rurais, dada a sua vulnerabilidade.
PALOP’s comungam desafios
O governante disse que está ciente de que os problemas que Moçambique enfrenta são comúns em outros países dos PaLOP’s, pelo que a combinação de esforços entre os mesmos é essencial.
“Estes desafios que acabamos de mencionar são, em grande medida, comuns aos PALOP. Por isso, a mobilidade dos profissionais de engenharia no nosso espaço reveste-se de uma importância primordial na perspectiva de comunhão de capacidades, de experiências e de boas práticas no exercício de engenharia visando bem servir as nossas nações e os nossos povos”,
O forum em curso na capital moçambicana está subordinado ao lema “Pela Mobilidade dos Engenheiros no Espaço PALOP” e para Silvino Moreno a tónica encaixa-se ao propósito do conjunto dos países.
“Devemos garantir que a partir deste encontro trabalhemos juntos como engenheiros, identificando as oportunidades de colaboração, de trocas de experiências, de acções comuns no exercício de engenharia”, enfatizou.
A Ordem dos Engenheiros de Moçambique (OrdEM) e a Ordem dos Engenheiros de Angola (OEA) já estabeleceram um acordo de parceria, que garante a mobilidade dos profissionais de engenharia entre os dois países. Moreno entende que esse feito deve servir de exemplo e que tal se replique entre os territórios.
O evento que termina na Quinta-feira (13) mostra-se importante para o país, devido ao seu histórico de resiliência de infraestruras pouco agradável. Moçambique tem assistido, frequentemete, à destruição do seu património na sequência de eventos ciclónicos e depressões tropicais. Aliada a essa vulnerabilidade climática, está a qualidade das obras púbicas que muito tem vindo a ser questionada pela sociedade civil.